Conselho formaliza apoio à manutenção da comissão de turismo do Senado com elaboração de documento assinado pelas entidades que será enviado ao presidente da Casa, José Sarney
Sérgio Nery, Brasília
O CNT (Conselho Nacional do Turismo), do Ministério do Turismo, demonstrou nessa segunda-feira, em Brasília, todo seu apoio e preocupação com a possibilidade de extinção da CDR (Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo) do Senado Federal. O colegiado prepara um documento oficial, assinado por todas as entidades representativas, solicitando ao presidente do Senado, José Sarney, a manutenção da comissão.
A medida de extinguir algumas comissões faz parte de ação administrativa de supressão que visa enxugar o Senado Federal e assim, entre outras medidas, diminuir gastos. O relator da proposta é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
A idéia partiu do conselheiro Cláudio Magnavita, presidente da Abrajet (Associação Brasileira de Jornalistas especializados em Turismo), que defendeu a importância para o setor de turismo da continuidade dos trabalhos da CDR no Congresso Nacional.
“A possibilidade é preocupante, já que grande parte dos avanços do setor dependem da relação com Poder Legislativo,que por exemplo é responsável pelas emendas que compõem e multiplica o orçamento do MTur. O documento mostrará a insatisfação e a apreensão do setor do turismo e esperamos reverter a situação.
O presidente da CDR, senador Neuto de Conto (PSDB-SC) agradeceu a mobilização do CNT em prol da comissão. “O setor é vasto, conta com um ministério próprio e atuante e não é possível que Senado possa perder esse importante instrumento de ações para o turismo”, disse.
O senador pretende também entregar o documento aos parlamentares integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde o projeto passará antes de ser levado ao plenário da Casa. “Na semana que vem haverá reunião na CCJ e pretendemos sepultar essa idéia lá mesmo. Já apresentamos uma emenda ao projeto e estarei lá para defender a manutenção da CDR”, garantiu o senador.
Motivo da mudança é incompatibilidade de agenda dos candidatos à presidência da República