Por: Joana Cunha

Na sequência das sanções internacionais em vigor contra a invasão na Ucrânia, a europeia Airbus suspendeu as entregas e os serviços de suporte aos clientes russos.

A empresa também cortou o fornecimento de peças de reposição.

"Estamos monitorando a situação de perto e analisando o impacto das sanções em nossos negócios e operações. Seguimos aplicando e continuaremos a aplicar as sanções integralmente", afirmou a Airbus à reportagem.

A fabricante aeroespacial francesa se junta à americana Boeing e a outras gigantes de diversos setores diante da escalada bélica russa.

Empresas como Shell e BP abandonaram negócios bilionários na Rússia, enquanto a Volvo, Apple, MSC e Maersk, suspenderam remessas.

Um turista que percorria o caminho para chegar ao mirante do Lago Escondido, ponto turístico de Bariloche, encontrou, na quarta-feira (16), um corpo alvejado por nove tiros, mais tarde identificado como da brasileira Eduarda dos Santos Almeida, 27. A principal suspeita é de que ela tenha sido vítima de feminicídio.

De acordo com informações do jornal argentino Diário do Rio Negro, o Ministério Público do país aponta um homem, que morava com Eduarda e é pai de dois dos três filhos dela, como provável autor do crime. A identidade e a nacionalidade dele não foram reveladas, o que deve ocorrer apenas na audiência.

O acusado foi preso com um carro no qual foram encontradas manchas de sangue, mas os resultados dos exames para confirmar se o DNA pertence à brasileira ainda não foram divulgados. Com as informações obtidas até o momento, o MP argentino acredita que o crime tenha ocorrido na madrugada de quarta-feira.

A reconstituição indica que os dois percorreram o caminho em direção ao mirante do lago Escondido, na rota turística do Circuito Chico, em um Chevrolet Joy. O homem estava na condução e Eduarda no banco do passageiro. Então, ele estacionou o veículo e efetuou os disparos com uma arma, deixou a mulher morta no local e fugiu.

Segundo o Diário do Rio Negro, a brasileira morava em Bariloche há alguns meses, mas estava pensando em voltar ao Brasil, para onde já se deslocava com frequência. Irmão de Eduarda e servidor da promotoria de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, Wallace Santos Oliveira organizou uma campanha para trazer o corpo da irmã para o Brasil.

A ação, divulgado com o apoio da Associação dos Servidores do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Assemperj), pede ajuda financeira "para contratar assistência jurídica e comprar passagens aéreas para acompanhar o caso e trazer as crianças de volta para ao país".

Por: Karina Jucá

Mesmo que o leitor não tenha assistido, certamente ouviu falar da série "Emily in Paris", a versão millennial e ainda mais frívola da cringe e novaiorquina "Sex and the City".

Nela, a jovem protagonista, uma Cinderela do marketing de Chicago, incapaz de pedir um pain au chocolat na língua de Molière, é a responsável por lançar um novo ponto turístico no repertório já vasto da cidade mais cobiçada do mundo: a Place de la Estrapade, uma pequenina, bucólica e ultra charmosa praça no coração do mítico Quartier Latin, a poucos passos da Sorbonne histórica e do Panthéon.

Foi na Place de la Estrapade –onde, até o século 18, guilhotinavam cabeças insubordináveis e soldados desertores– que Emily ofereceu um jantar de aniversário, embrulhada em um vestido rosa choque que daria paúra até mesmo na estilista italiana Elza Schiaparelli, a mais fervorosa defensora da cor.

Mas, ah, o cenário. No plano de fundo da soirée, em uma bonita tomada lenta, um contraste curioso: a livraria portuguesa de um ermitão francês com ares de Bartlebly que todo turista precisa conhecer.

Trata-se da Librairie Portugaise & Brésilienne, que, desde 1986, é um verdadeiro achado na França. Última especializada em línguas lusófonas do país, a livraria está repleta de títulos –bien sûr– em português de Portugal e do Brasil, no original, traduzidos para o francês ou bilíngues.

Os livros vão de clássicos a jovens escritores, vindos de inúmeras editoras, incluindo as da lavra do próprio livreiro, o tradutor e editor Michel Chandeige.

A Editora Chandeigne é a maior autoridade em edição luso francesa da França, com quase 200 títulos publicados em 30 anos. Os temas são variados para um mergulho completo no universo lusófono: etnográficos, romanescos, poéticos, históricos.

Entre os lançamentos, o editor destaca a nova antologia da poesia portuguesa, das origens ao século 20, do original "La Poésie du Portugal, des origines au XX Siécle", de Max De Carvalho (também à venda no site da editora).

Outro charme, entre os inúmeros do lugar, é poder conhecer a literatura portuguesa para além dos bastiões, a nova cena literária dos nove países lusófonos, ver as obras brasileiras traduzidas para o francês, ou até se deparar com pequenas curiosidades, como as edições humorísticas de literatura de cordel –é bom exemplo "O Matuto que Perdeu a Mulher pro Facebook", de Tião Simpatia.

Por falar em simpatia, não espere de Michel Chandeigne o caloroso temperamento brasileiro. Ele é um livreiro francês cuja formação se deu em Portugal. Em resumo, ao turista resta aproveitar as estantes e se contentar em receber boas indicações.

Na livraria, nem tudo são flores e chafarizes, mas ela resiste em um dos quartiers mais privilegiados (e caros) da cidade. Para entender sua importância, vale dizer que não existe mais uma única livraria hispânica ou alemã na França. Algumas fecharam as portas durante a pandemia, mesmo aquelas tidas como instituições locais, caso da Manzarine em Saint Germain Des Prés.

Visitar a livraria se torna, assim, mais que um passeio turístico: é uma forma de concedê-la prestígio e ainda garantir a sua existência.

Na praça onde Emily, na série, exibe todo o seu senso estético novo rico, e a despeito de um lento, mas constante, desaparecimento de uma Paris meritocrática, a Librairie Portugaise & Brésilienne faz jus ao imaginário artístico e intelectual de Paris.

Passada a visita inspiradora, o turista tem logo ao lado um belo bistrô com terraço com vista para a praça. Na primavera que se aproxima, dá para pedir "un vin rosé, svp", e aproveitar a leitura.

Conversei com Michel Chandeigne, que, com estilo lacônico, nomeia sua preferência por Machado de Assis e Guimarães Rosa como "gostos banais", e ainda afirma que o mercado editorial brasileiro não tem nada de especial.
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Quando você se apaixonou pela língua portuguesa?

MC: "Na minha nomeação em 1982 no Liceu Francês Charles Lepierre. Lisboa era uma maravilha desconhecida. Houve um trabalho imenso a fazer de descoberta da cultura portuguesa e lusófona. Depois, com meu trabalho de tradução, iniciado em 1983. E, por fim, no meu encontro com a minha esposa, Ariane Witkowski, professora de literatura brasileira (falecida em 2003).

Quais são os desafios de manter uma livraria de língua estrangeira em Paris?

MC: "Em 1986, data da fundação, era uma evidência, com ventos favoráveis. Agora, a concorrência com a internet está imparável.

Seus autores brasileiros preferidos, e por quê?

MC: "Sem necessidade de justificar, para ler e reler, Machado de Assis, Guimarães Rosa, Drummond de Andrade, Milton Hatoum, Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles. Gostos banais e clássicos. Nada de original. Dentre os jovens autores, Marcelino Freire, Carrascoza, Ana Paula Maia.

Como você vê o mercado editorial brasileiro?

MC: "Não vejo nada de especial”.

Como você vê o interesse dos franceses pela literatura brasileira?

MC: "Um interesse que foi sempre constante desde Jorge Amado nos anos 1940. Mas a verdade é que sobre 350 traduções disponíveis, 95 % das vendas concernem a Jorge Amado, Chico Buarque, Conceição Evaristo, Clarice Lispector, Machado de Assis, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. Paulo Coelho, embora muito vendido, não conta, porque o público não tem o sentimento de ler um autor brasileiro (em geral os temas dos livros dele não são brasileiros), mas pertencente à literatura mundial”.

Recentemente, "Emily in Paris" rodou duas temporadas na Place de la Estrapade. Você notou alguma mudança no entorno desde então?

MC: "Foi simpático. Há mais turistas para fazer selfies sobre a praça. Mas não são leitores potenciais”.

Como é traduzir poesia?

MC: "Estou aposentado dessa atividade. Antes era como exercícios físicos cotidianos. Gostei de poder traduzir a horas perdidas, evitando o labor das obras em prosa, colado a uma cadeira.

Qual o critério de um livreiro para escolher as suas próximas leituras?

MC: "Se eu soubesse...”

Qual livro que você recomendaria a um francês para começar a tentar entender o Brasil?

MC: "Racines du Brésil"de Buarque de Holanda, e "Dictionnaire Amoureux du Brésil", de Gilles Lapouge.

E a palavra mais bonita da língua portuguesa?

MC: "Coração”.

A França iniciou nesta terça-feira (1º) a redução gradativa das restrições impostas para conter a pandemia de coronavírus. Deixam de ser obrigatórios, por exemplo, o uso de máscaras na rua e a limitação de público em espaços culturais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, lançou um novo alerta pedindo que haja cautela no alívio das medidas. Segundo Maria Van Kerkhove, líder técnica da entidade, muitos países ainda não passaram pelo pico de contágios provocado pela variante ômicron, o que se torna ainda mais grave onde não há altos índices de cobertura vacinal.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação de que a alta transmissibilidade e a menor gravidade dos casos atribuídos à nova cepa possam levar os países a decidir que medidas de prevenção não são mais necessárias, ou, pior, não são mais possíveis.

"Nada poderia estar mais longe da verdade. Mais transmissão significa mais mortes. Não estamos pedindo que nenhum país retorne ao chamado 'lockdown'. Mas estamos pedindo a todos os países que protejam seu povo usando todos os recursos disponíveis, não apenas vacinas", disse. "É prematuro para qualquer país se render ou declarar vitória."

Em entrevista publicada nesta quarta-feira (2) na imprensa francesa, o presidente Emmanuel Macron recomendou que a população se mantenha cuidadosa. "Temos que permanecer vigilantes, pois a pressão nos hospitais ainda é alta."

A média móvel de casos diários de Covid na França alcançou o pico de 366,5 mil em 25 de janeiro. Desde então, o índice está em queda mas ainda supera a marca de 322 mil novas infecções por dia. Em 2 de novembro de 2021, a média móvel era de 5.288 -o que indica um aumento de quase 6.000% em três meses.

O número de pacientes internados com Covid-19 nos hospitais franceses também segue em alta -eram mais de 32 mil nesta terça, dos quais 3.751 em leitos de UTI.

O número de mortes também cresceu desde novembro (mais de 700%), mas as atuais cerca de 260 vítimas diárias da doença formam uma cifra bem menor que a registrada nos picos da pandemia na França -o que se atribui, entre outros fatores, aos índices de vacinação. Mais de 76% dos franceses completaram o primeiro esquema de vacinação, e 48% receberam doses de reforço do imunizante.

Apesar de os números não indicarem um cenário de controle da pandemia, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou no fim de janeiro a suspensão da maior parte das restrições. Além do uso de máscaras, o trabalho remoto também deixa de ser obrigatório.

Espaços culturais e esportivos, como estádios de futebol, não sofrerão mais restrições de público.

O passaporte vacinal, que, nas palavras de Macron, foi pensado para "irritar os não vacinados", segue em vigor. A partir de 16 de fevereiro, porém, começa ainda uma nova fase de alívio de restrições, quando casas noturnas, fechadas desde 10 de dezembro, poderão reabrir, e os franceses poderão voltar a beber nos balcões dos bares.

A medida francesa, por um aspecto, está de acordo com o que preconiza a OMS. "Agora não é hora de suspender tudo de uma vez. Nós sempre insistimos: sejam sempre cautelosos em aplicar as intervenções, bem como em suspender essas intervenções de forma constante e lenta, peça por peça. Porque este vírus é bastante dinâmico", disse Van Kerkhove, da OMS.

A Dinamarca, porém, tornou-se na terça o primeiro país da União Europeia a suspender todas as restrições sanitárias em uma única tacada. Os dinamarqueses não precisam mais usar máscaras ou apresentar o passaporte vacinal, e estabelecimentos como bares, restaurantes e casas noturnas voltam a operar sem limitação de horário e público.

O país nórdico também nunca teve uma média maior de casos diários de Covid -beirava os 8.000 registros no final de janeiro. O índice de mortes, que sempre foi baixo na Dinamarca, está na faixa dos três óbitos por dia. Mais de 81% da população completou o primeiro ciclo de vacinas, e 61% recebeu a dose de reforço.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, no entanto, deu sinais de que o recuo das restrições pode não ser definitivo.

"Não podemos dar garantias de que poderemos retornar à vida como a conhecíamos antes do coronavírus".

Para Mike Ryan, diretor de emergências da OMS, o fato de os diferentes países não estarem na mesma situação sanitária faz com que medidas como a suspensão das restrições sejam adotadas sempre com a possibilidade de um rápido recuo na flexibilização.

"Aqueles países que estão tomando decisões de abertura mais ampla também precisam ter certeza da capacidade de reintroduzir medidas, com aceitação da comunidade, se necessário.

Se abrirmos as portas rapidamente, é melhor sermos capazes de fechá-las muito rapidamente também."

Maior festival do calendário da China, conhecido por levar à migração em massa e aquecer setores econômicos, o Ano-Novo chinês –ou Ano-Novo Lunar– teve início nesta terça (1º) em meio a um cenário ainda mais crítico em termos de crise sanitária do que o observado no país asiático no mesmo período do ano passado.

Afetada pela variante ômicron, a China assistiu à alta de casos diários de coronavírus em dezembro. As cifras começaram a cair na terceira semana de janeiro, mas voltaram a apresentar leve alta nos últimos dias. A média móvel de novos casos de Covid foi de 62 nesta segunda (31), um valor considerado baixo em países ocidentais, mas alto para os padrões chineses. Em 12 de fevereiro do ano passado, quando teve início a celebração daquele ano, a média móvel girava em torno de 10.

Somente a capital Pequim registrou 20 novas infecções da doença no último domingo (30), o maior número desde junho de 2020, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde. O cenário se torna preocupante não apenas porque pode ser agravado pelas celebrações do Ano-Novo chinês, mas também porque os Jogos Olímpicos de Inverno, sediados em Pequim, têm início ainda nesta semana, na sexta (4).

A despeito de reiterados pedidos das autoridades para que os cidadãos permanecessem em casa durante o feriado, muitos chineses, há anos sem reencontrar suas famílias, pretendem viajar mesmo em meio ao cenário pandêmico. Somente até o fim da última semana, 260 milhões haviam viajado com esta finalidade –cifra menor que a observada antes da pandemia, mas um aumento de 46% em relação ao ano passado–, segundo dados oficiais publicados pela Associated Press.

O número deve crescer exponencialmente ao longo dos próximos 40 dias, período de férias na China, quando, historicamente, foram registrados volumes recordes de migração humana. O regime chinês prevê que, mesmo com a ômicron, um total de 1,2 bilhão de viagens seja realizado, aumento de 36% em relação ao ano anterior.

O volume de deslocamentos pode desafiar a estratégia de "Covid zero" que vem sendo adotada pelo regime de Xi Jinping, numa tentativa de eliminar a presença do vírus. Até meados de janeiro, pelo menos três importantes cidades do país estavam confinadas para conter surtos locais da doença, o que afetou cerca de 20 milhões de pessoas.

A expectativa é de que as consequências dos grandes deslocamentos possam ser mitigadas devido aos índices de vacinação. O país asiático tem cerca de 85% da população com o primeiro esquema vacinal completo (duas doses), e 22,9% já receberam a terceira dose, mostram informações compiladas pela plataforma Our World in Data.

Projeta-se que as viagens acarretadas pelo feriado e as celebrações ajudem a reaquecer setores como turismo, varejo e transporte, afetados durante a pandemia. No Ano-Novo Lunar do ano passado, os consumidores chineses gastaram cerca de 821 bilhões de yuans (R$ 681 bi) no varejo, aumento de 28,7% em relação ao feriado de 2020.

A economista-chefe da consultoria Greater China, Iris Pang, disse à agência de notícias Reuters esperar aumento de 10% nos gastos em relação ao ano passado. "Mesmo que as pessoas não possam viajar, elas ainda têm dinheiro para gastar, especialmente se não gastam com transporte. Algumas economizaram desde dezembro para o feriado”. Por outro lado, no setor hoteleiro, as expectativas parecem ter sido frustradas.

Relatório recente da Trip.com, maior agência de viagens online da China, constatou que as reservas de quartos de hotel –cujos preços chegam a aumentar mais de dez vezes nesta época do ano– continuam muito longe do observado em 2019, segundo informações publicadas pelo jornal South China Morning Post.

"É uma tendência irreversível que mais cancelamentos ocorram devido ao aumento de infecções", diz o documento. Grandes hotéis chineses acumularam perda recorde de 41,4 bilhões de yuans (R$ 34,3 bi) em 2020, consequência substancial para o setor de turismo, que emprega cerca de 30 milhões de pessoas no país.

Em 2019, cerca de 415 milhões de chineses viajaram durante o feriado. O número caiu para quase zero em 2020, quando o surto inicial de coronavírus resultou em bloqueios rigorosos em todo o país. No ano passado, a indústria de viagens domésticas atendeu 256 milhões de turistas durante o feriado, ainda segundo informações do SCMP.

Outro fator de preocupação é o fato de muitas indústrias chinesas fecharem as portas ou, então, operarem com capacidade reduzida por semanas durante as celebrações, o que atinge em cheio varejistas e importadores que dependem de produtos do país.

Uma novidade deste Ano-Novo chinês diz respeito ao ambiente –mais especificamente à qualidade do ar. Tradicionalmente, os chineses celebram a véspera do feriado acendendo fogos de artifício, mas, neste ano, a capital Pequim proibiu a atividade pela primeira vez. Não ficou claro se a proibição está relacionada aos Jogos de Inverno, mas as consequências puderam ser sentidas.

A concentração de material particulado (especificamente PM2,5) ficou em 5 microgramas por metro cúbico na noite desta segunda (manhã no horário de Brasília). Na véspera do Ano-Novo chinês de 2021, a média era de 289 microgramas por metro cúbico.

Durante discurso sobre o feriado feito no último fim de semana, o líder chinês, Xi Jinping, voltou a falar em bandeiras como a da união nacional e o legado do centenário Partido Comunista Chinês. "Não importa quais reviravoltas ou desafios possamos enfrentar, devemos levar adiante o grande espírito fundador do PC Chinês", disse, segundo relato da agência estatal Xinhua.

"Devemos ter uma perspectiva de longo prazo, estar preparados para os perigos potenciais mesmo em tempos de calma, manter uma forte unidade e trabalhar duro para continuar impulsionando a grande causa do rejuvenescimento nacional", seguiu Xi.

Por: Rafael Balago

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciará nesta quinta (2) novas medidas de combate ao coronavírus a serem adotadas pelo país, incluindo mudanças nos protocolos de entrada de viajantes internacionais.

Agora, será necessário apresentar um teste de Covid-19 com resultado negativo realizado na véspera do embarque. Atualmente, o exame pode ser feito até três dias antes da viagem.

A medida, que deve começar a valer na próxima semana, atinge todos os viajantes internacionais, que também precisarão estar completamente vacinados para entrar nos Estados Unidos.

Biden anunciará todas as medidas oficialmente na tarde desta quinta, mas parte delas foi antecipada à imprensa pela Casa Branca. O governo busca dar uma resposta em meio ao avanço da variante ômicron, potencialmente mais contagiosa, que teve o primeiro caso registrado nos EUA na quarta (1º).

Para os viajantes, haverá também uma ampliação na exigência do uso de máscaras em aviões, trens e transporte público, até 18 de março de 2022. A multa mínima em caso de descumprimento da regra será de US$ 500 (R$ 2.817) e poderá chegar a US$ 3.000 (R$ 16,9 mil) em caso de reincidência.

Ao todo, o plano terá nove pontos, com destaque para a ampliação da distribuição de doses de reforço das vacinas. Elas serão oferecidas a todos os adultos e deverão ser tomadas seis meses após a segunda dose dos fármacos de Pfizer e Moderna, e dois meses depois da aplicação da dose única da Janssen. O reforço será oferecido em 80 mil pontos, e mais de 41 milhões de pessoas já receberam a dose extra.

O governo também ampliará a vacinação de crianças a partir de cinco anos de idade, para dar mais segurança para as escolas permanecerem abertas -no país, 99% dos centros de ensino estão com aulas presenciais, segundo a Casa Branca. Há planos ainda para garantir que empresas continuem abertas e para a realização de campanhas para que mais empregadores cobrem a imunização de funcionários.

Biden também deve exigir que os planos privados de saúde reembolsem todos os 150 milhões de clientes que pagam por esse serviço no país com 100% do custo de testes caseiros, segundo funcionários da Casa Branca à agência de notícias Reuters -a regra não valerá retroativamente. O governo também deve disponibilizar 50 milhões de testes gratuitos em clínicas rurais e centros de saúde para não segurados.

Para ajudar o tratamento de infectados pelo coronavírus, a administração do democrata terá equipes médicas de resposta rápida, a serem enviadas aos estados onde houver alta súbita de casos.

A Casa Branca promete ainda aumentar o acesso a medicamentos para tratar a Covid e garantir que novas drogas aprovadas cheguem rapidamente a todo o país. No cenário internacional, o governo Biden deve se comprometer a acelerar a doação de vacinas. Os EUA falam em fornecer 1,2 bilhão de doses a outras nações, sendo que 200 milhões seriam entregues nos próximos cem dias.

Há, também, a perspectiva de expandir a produção de imunizantes no exterior, bem como acelerar a adaptação de vacinas para a nova variante, caso seja necessário. Estudos ainda estão sendo feitos para aferir a capacidade dos imunizantes atuais de conterem a ômicron.