Em setembro foi alcançado o valor de R$ 12,2 bilhões e no acumulado dos nove meses de 2024, R$ 95,3 bilhões; o valor representa crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2023
O Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), revela que as despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas em setembro de 2024 atingiram R$ 12,2 bilhões, valores 7,1% superior em relação ao mesmo mês do ano passado.
No decorrer dos três trimestres de 2024, o setor registrou um crescimento de 5,2% em comparação com o mesmo período de 2023, alcançando um faturamento de R$ 95,3 bilhões. É o maior desempenho já registrado na série histórica iniciada em 2011, superando o recorde anterior de R$ 94,5 bilhões, atingido entre janeiro e setembro de 2014.
O lucro registrado em setembro é reflexo do contínuo aquecimento do mercado de viagens corporativas. Luana Nogueira, diretora-executiva da Alagev, afirma que o aumento nas tarifas de hospedagens e transportes, atrelado à crescente da demanda desses serviços, colaboraram de forma significativa para o saldo final positivo.
“Além disso, é importante destacar que o consumo corporativo para esses serviços, em sua maioria, não é feito com antecedência. Dessa forma, é acarretado um custo maior de compra”, complementa a executiva.
Dados recentes apresentados pela Tour House durante a Festuris 2024, em Gramado (RS), apontam que 44% das compras corporativas de passagens domésticas para os principais eixos nacionais, sobretudo em São Paulo e Brasília, entre janeiro e setembro de 2024 foram feitas num período inferior a 14 dias, com uma tarifa média de R$ 1.260,00. Na hotelaria, cerca de 46% das reservas empresariais foram feitas em um período inferior a 7 dias.
Outro fator que corroborou com a ascendência do mercado de viagens corporativas em setembro foi a quantidade maior de dias úteis no mês, visto que o feriado nacional de 7 de setembro aconteceu em um fim de semana. “Para o mundo corporativo, mais dias úteis favorece as viagens de negócios, a organização de eventos e feiras, visitas a clientes, fornecedores e filiais, entre outros objetivos”, observa Luana.
Cenário otimista para o final de 2024
Nos próximos meses, as expectativas para o mercado são positivas. Durante a 16ª edição da Global Business Travel Association (GBTA), Suzanne Neufang, CEO da entidade, projetou que o Brasil deve encerrar 2024 com um faturamento anual estimado em R$ 165 bilhões, consolidando uma posição de destaque no cenário global.
O estudo completo está disponível neste link