Espaço, que completou cinco anos em julho, desenvolve projetos socioambientais em meio às belezas naturais da Serra da Mantiqueira

Se Campos do Jordão é o reduto ideal para quem quer aproveitar as temperaturas mais baixas em grande estilo, com dezenas de atrações, a cidade mais alta do Brasil também é conhecida pelas belezas naturais emolduradas pela Serra da Mantiqueira. O Parque da Lagoinha, que comemorou cinco anos de atividades em  julho, é um grande exemplo de como Campos oferece verdadeiros santuários de descanso para as famílias, em área de preservação ambiental que encanta pela sua beleza natural.

A história do parque é marcada pela transformação. Nos anos 1980, a área da várzea foi desapropriada para a construção de uma estação de tratamento de esgoto. A área da Lagoinha tem concessão de uso para a Arla - Associação de Moradores da Região da Lagoinha e Adjacências, entidade sem fins lucrativos que administra a área.

O Parque da Lagoinha é como um oásis verde no meio da cidade. Com atrações para todos os públicos, é ideal para passeios ao ar livre e diversas atividades ligadas à sustentabilidade.

Veja a seguir 5 motivos para incluir o parque no seu roteiro de visitas:

 

  • Prática de esportes:

Com seus 48 mil m², o parque é um convite para a prática de esportes, como corrida e caminhada nas trilhas e beach tennis na quadra. Ao percorrer as trilhas ao redor das lagoas, os visitantes podem se desconectar da rotina e aproveitar a serenidade da natureza. 

 

  • Áreas de lazer e descontração:

O Parque da Lagoinha tem área com churrasqueira, disponíveis para aluguel, e área de piquenique para quem quiser aproveitar momentos de lazer com a família e amigos. Os visitantes também podem conferir o Lagoinha Musical, com apresentações ao vivo - a próxima será no dia 17 de agosto, das 10h às 16h - e o delicioso café da Cafeteria Faustino. E, para curtir o clima ameno junto à natureza para desconectar da rotina, há espaços de meditação.

 

  • Contato com animais:

No coração do parque, a presença de patos soltos e as ovelhas do projeto Mãostiqueiras dão um toque especial ao passeio, com a possibilidade de alimentar os animais com a ração vendida no local, o que se torna a alegria de crianças e adultos. Além disso, ali é possível avistar pássaros, como o papagaio de peito roxo, ave-símbolo do parque, escolhida por votação popular; o pica-pau rei e o mergulhão pequeno.

  • Educação ambiental:

O Parque da Lagoinha abriga projetos que reforçam seu compromisso com a sustentabilidade e a educação ambiental. O Centro de Educação Ambiental Roberto Civita (CEARC) promove cursos e iniciativas de educação socioambiental, e a Casaraucária conecta os visitantes à fauna e flora da mata da araucária e ensinando sobre a importância da preservação. O Viveiro do Bacaninha exibe uma grande variedade de flores, arbustos, árvores frutíferas e plantas ornamentais, disponíveis também para venda. E, todo mês, acontece a Feira de Empreendedorismo Regional Sustentável, de incentivo aos empreendedores locais. A próxima edição será no dia 10 de agosto, das 10h às 16h, com entrada franca.

 

  • Artesanato regional e sustentável:

Os visitantes não podem deixar de visitar a Casa Mãostiqueiras, coordenado por Juliana Müller Bastos e Lika Araújo, um negócio social que promove a capacitação de mulheres da comunidade para criar produtos artesanais feitos de lã 100% natural. Além da venda de mantas, ovelhinhas decorativas, novelos, cachecóis, ponchos e outras peças de vestuário, cada etiqueta leva o nome da artesã que produziu a peça.

 

Legado da cidade

Para Sidney Isidro, presidente do Comtur - Conselho Municipal de Turismo de Campos do Jordão -, o Parque da Lagoinha se tornou mais do que um dos grandes atrativos de Campos do Jordão. “Não é apenas um refúgio tranquilo para os moradores e visitantes, mas também um exemplo de compromisso com a educação socioambiental e a preservação do meio ambiente. Projetos como o CEARC, a Casaraucária, o Viveiro do Bacaninha e a Casa Mãostiqueiras são fundamentais para promover a conscientização e o engajamento da comunidade. Estamos orgulhosos de ver como o Parque da Lagoinha evoluiu, reforçando a identidade ecológica de Campos do Jordão e proporcionando um espaço de aprendizado e conexão com a natureza”.

A ambientalista Lika Araújo, gestora administrativa do parque desde maio de 2023, reforça o compromisso do local com a preservação de Campos. "Estamos implementando diversas iniciativas para envolver turistas e moradores de Campos do Jordão em atividades socioambientais e culturais. Nosso objetivo é sensibilizar e valorizar o que temos de mais precioso: uma das áreas mais preservadas da região. Essas ações reforçam o nosso compromisso com a preservação ambiental e a educação, proporcionando uma experiência enriquecedora para todos os visitantes", afirma. Segundo ela, o Parque da Lagoinha recebeu, desde 2023, mais de três mil alunos para as atividades socioeducativas, além de 64 mil visitantes nos últimos 12 meses.

O Parque da Lagoinha funciona das 9h às 18h, exceto às terças, e está localizado na Av. Pedro Paulo, 1455, no Jardim Embaixador. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (12) 99600-5389. A entrada é gratuita e o estacionamento custa R$ 20 por veículo. A renda é direcionada para a manutenção do local.