Festival reúne produções audiovisuais e promove ações de sustentabilidade no município baiano.

Iraquara é destaque no turismo ecológico e cultural da Chapada Diamantina
 
Destino turístico que possui a maior concentração de grutas da América do Sul (mais de 700) e o segundo maior lençol freático do Brasil, Iraquara, na Chapada Diamantina, tem se destacado, também, na cultura. O município acaba de sediar o 4º Festival Americano de Cinema e Vídeo Socioambiental, unindo produção audiovisual e fomento à preservação da natureza. O evento recebeu cerca de seis mil pessoas, entre moradores da região e visitantes, e teve o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA).
 
Com uma programação gratuita, o festival promoveu mostras de cinema e palestras sobre geração de renda, por meio do tratamento de resíduos sólidos e da coleta de lixo seletiva. Houve ainda oficinas de fotografia e de elaboração de projetos e apresentações musicais, com destaque para a Orquestra Neojiba.
 
Mais de 200 filmes produzidos no Brasil, Argentina, México, Chile e Colômbia participaram e 54 foram selecionados para competir nas categorias de curta, média e longa-metragem. Entre os premiados, a animação “Ewé de Osányin: O Segredo das Folhas”, de Pâmela Peregrino, escolhida como a melhor produção baiana.
 
Os cineastas ainda tiveram a oportunidade de fazer passeios pelas grutas da Pratinha e da Lapa Doce. “Iraquara é famosa por seu potencial para o ecoturismo, e o cinema ajuda a promover a cultura e a consciência ambiental, uma junção que dá mais visibilidade ao município. A proposta está em sintonia com políticas públicas, onde entra o importante apoio do Governo da Bahia”, ressaltou o educador e ambientalista Eduardo Mattedi, um dos organizadores do festival.
 
O encontro de profissionais de cinema e interessados em arte associada ao turismo aqueceu a economia local. “É um evento muito importante para a cidade. As pousadas ficaram lotadas e a movimentação no comércio e serviços gerou mais emprego e renda”, relatou o hoteleiro Jorge Moreira Cunha.
 
“O volume de clientes em meu restaurante aumentou 120%. Para atender bem, reforçamos a cadeia de fornecedores e contratamos mão de obra extra”, completou o empreendedor Francisco Farias da Silva.