O evento teve o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), responsável pelo projeto de requalificação do equipamento, que entra na segunda etapa, visando valorizar a importância econômica da feira, como o principal centro de abastecimento do Norte e Nordeste, e torná-la mais atrativa para os turistas.

As comemorações dos 60 anos da Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa, em Salvador, que serão completados em setembro, começaram no domingo (14), com uma programação de shows que teve como principal atração o arrocha do cantor Silvanno Salles, um ex-feirante desse tradicional espaço comercial, cultural e turístico da capital baiana. O evento teve o apoio da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), responsável pelo projeto de requalificação do equipamento, que entra na segunda etapa, visando valorizar a importância econômica da feira, como o principal centro de abastecimento do Norte e Nordeste, e torná-la mais atrativa para os turistas.

 

“A feira foi importante na ligação comercial entre Salvador e o Recôncavo. Ela comemora seu aniversário no momento em que o Governo do Estado dá continuidade à maior obra de requalificação de um espaço público da cidade, para valorizar a sua referência histórica, cultural e turística. A feira vai ficar mais organizada e atraente para soteropolitanos e visitantes”, declarou o assessor especial da Setur-BA, Valdenor Cardoso.

 

“Em setembro, vamos fazer uma grande festa. Até lá, teremos eventos comemorativos, a cada mês. Tudo isso graças ao apoio da Setur-BA, que tem reconhecido o quanto a feira é grandiosa para a cidade. O melhor presente para a comunidade é a nova fase das obras para recuperar nosso equipamento de trabalho”,  explicou o presidente do Sindicato dos Feirantes da Feira de São Joaquim, Nilton Ávila Filho, conhecido como Gago.

 

Entre os comerciantes, o clima é de otimismo. “Houve dificuldade, agora vem a melhoria. Hoje, só queremos que seja cumprido o cronograma das obras. A feira merece toda essa homenagem, porque é conhecida pela qualidade dos seus produtos”, pontuou Marcílio Costa, proprietário da casa de artigos religiosos Preto Velho.

 

“Chamo isto aqui de feira-mãe, pela quantidade de mulheres que tiram o seu sustento dela. É onde também o desempregado chega com seu carrinho de verdura e consegue sobreviver. Para mim é um local gratificante e torço muito por esta reforma, que todos nós esperamos tanto”, destacou Marilena Andrade, que comanda o restaurante Cantinho da Dadá.

 

A tradição começou em 15 de setembro de 1964, quando um incêndio na antiga feira de Água de Meninos provocou a transferência dos feirantes para a enseada de São Joaquim, às margens da Baía de Todos-os-Santos. O novo espaço tornou-se uma referência sociocultural de Salvador, com a oferta de uma grande variedade de produtos e serviços, além de ser um espaço de lazer para os moradores da cidade e de visitação para os turistas.

 

“Sempre que estou em Salvador venho à Feira de São Joaquim, que é uma diversão maravilhosa, principalmente, no domingo do samba, que hoje está sendo especial”, relatou a auxiliar de escritório Daniela Almeida, sergipana de Simão Dias. “Essa característica de agregar todo tipo de público é o que mais me atrai aqui, sem contar que é um local onde a gente encontra de tudo”, completou o enfermeiro Carlos Santos, paulista de Guarulhos.