Cenários naturais diversos fazem do país o destino ideal para quem gosta de desafios ao ar livre
Dono de uma riqueza natural diversa, com praias, serras, florestas e campos, e de um clima tropical, o Brasil é por si só um convite para viver ao ar livre. Neste ano, o potencial do país para o ecoturismo ganhou destaque em ranking elaborado pela revista Forbes, que comparou 50 países, considerando fatores como o número de espécies animais e vegetais encontradas no país, a quantidade de espécies por 10 km², o percentual de território protegido por lei e o número de sítios tombados como patrimônio natural pela Unesco. O Brasil alcançou a nota de 94.9/100, por ter a maior biodiversidade, com mais de 43 mil espécies animais e vegetais.
Este cenário tão diverso torna possível a prática das mais diferentes modalidades de turismo de aventura. Cada região, com suas paisagens, climas e ecossistemas, tem atrações que convidam moradores e visitantes a viver experiências únicas e em contato direto com a natureza, seja em água, terra ou nos ares, e em diferentes níveis de experiência: do mais tranquilo ao mais desafiador. Cidades como Bonito (MS) e Brotas (SP) são protagonistas nesse setor, mas as atrações de aventura estão presentes no país todo. Hoje, a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) conta com uma lista com 34 atividades diferentes, realizadas em 20 Estados e no Distrito Federal, incluindo arvorismo, escalada, mergulho, balonismo e canoagem. Criada em 2014, a Abeta é uma organização sem fins lucrativos, que reúne empresas e profissionais comprometidos com a prática sustentável de atividades ao ar livre e é referência nacional em capacitação, qualificação e treinamento, além de normatização das regras de segurança para o turismo de aventura no país. "O Brasil é um país com uma diversidade natural e cultural imensa, que oferece oportunidades para a prática de turismo de aventura de todos os níveis e estilos. Essa diversidade é um dos nossos principais diferenciais e nos torna um destino cada vez mais atraente para os turistas do mundo todo”, destaca o presidente da Abeta, Vinicius Viegas. Segundo dados do Ministério do Turismo, de todos os estrangeiros que desembarcaram em território brasileiro ao longo de 2019, 18,6% afirmaram ter viajado com o propósito de ter contato com a natureza e praticar atividades ligadas ao turismo de aventura e ao ecoturismo.
Visitantes de outros países são presença constante nas atividades da Raizeira Ecoturismo, empresa criada em 2016, que hoje atua em Cuiabá, no Mato Grosso, o único Estado do Brasil que possui três biomas: Cerrado, Pantanal e Floresta Amazônica. “Nosso objetivo é (re)conectar histórias e pessoas com a natureza, integrados com a consciência ecológica, desenvolvimento econômico, social e cultural; com qualidade, segurança e o uso sustentável dos recursos naturais. Gerando rendas, oportunidades e visibilidade para as comunidades tradicionais que agregam seus saberes com nosso trabalho”, destaca a sócia Anna Monforte, que administra a operadora de turismo ao lado de Marina Marchezini. Para que essa conexão ocorra, a Raizeira realiza caminhadas de curto e de longo curso, observação da vida silvestre e ações de integração às experiências de Turismo de Base Comunitária por todo Estado de Mato Grosso, além de consultorias na área ambiental e do turismo.
Viagens com ação
Conhecido pela prática de aventura de caráter recreativo e não-competitivo, o segmento de aventura tem crescido 20% ao ano, desde 1998, e movimentou cerca de 112 bilhões de dólares em 2020, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT)*. Em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, um dos principais atrativos é o Parque de Aventuras Gasper, que tem recebido cerca de 30 mil visitantes por ano. Inaugurado em 2013, o local é conhecido por oferecer escalada artificial, arvorismo, tirolesa, estilingue, pêndulo superman, rapel, trilha de quadriciclo, paintball, tiro ao alvo, pêndulo no paredão e o maior bungee jump do Brasil, que ocorre de uma plataforma fixada a 150 metros de altura. “Procuramos atingir um público que busca contato com a natureza em paralelo a uma experiência única. Nosso objetivo é proporcionar realização de sonhos, onde a pessoa sinta que ali ela é única para nós”, comenta Letícia Sperotto Vasques, gerente administrativo do parque. Além de promover o turismo de aventura, a empresa também atua como incentivadora de grupos de esporte e projetos sociais locais, ampliando seu impacto positivo na região.
Levantamento da Grand View Research, multinacional especialista em consultoria e pesquisas de mercado, apontou que, em 2021, mesmo com as restrições às viagens em razão da pandemia, o mercado global de turismo de aventura tinha potencial para movimentar em torno de US$ 282,1 bilhões, com uma perspectiva de se expandir cerca de 15% ao ano entre 2022 e 2030. Um mercado em pleno crescimento, que ainda pode trazer muitos resultados positivos para o Brasil.
*Com informações da Agência Brasil
Conheça as atividades de turismo de aventura presentes no Brasil:
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Arvorismo: atividade que consiste em percorrer trilhas elevadas por meio de plataformas e pontes suspensas.
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Asa Delta: esporte aéreo que consiste em voar com um planador leve.
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Bóia Cross e Acquaraid: atividades que consistem em descer corredeiras em boias ou barcos infláveis.
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Buggy: veículos 4x4 que são utilizados para percorrer trilhas em áreas remotas.
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Bungee Jump: atividade que consiste em saltar de uma plataforma elevada com uma corda elástica presa aos pés.
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Caminhada: atividade que consiste em percorrer trilhas a pé.
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Caminhada de Longo Curso: caminhadas que duram vários dias ou semanas.
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Canoagem: atividade que consiste em navegar em canoas ou caiaques.
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Canoagem oceânica: canoagem em águas oceânicas.
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Canionismo e Cachoeirismo: atividades que consistem em explorar cânions e cachoeiras.
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Cavalgada: atividade que consiste em percorrer trilhas a cavalo.
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Cicloturismo: atividade que consiste em percorrer trilhas de bicicleta.
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Duck: veículo anfíbio que pode ser utilizado em terra e na água.
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Escalada: atividade que consiste em subir em rochas ou paredões naturais.
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Escalada artificial: escalada em estruturas artificiais.
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Espeleoturismo de Aventura: exploração de cavernas com atividades de aventura.
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Espeleoturismo Vertical: exploração de cavernas por meio de rapel ou escalada.
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Hidrospeed: atividade que consiste em descer corredeiras em uma prancha motorizada.
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Kitesurfe: esporte aquático que consiste em surfar com uma prancha e uma pipa.
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Mergulho Autônomo: atividade que consiste em explorar o fundo do mar com um equipamento de mergulho.
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Mergulho Livre: atividade que consiste em mergulhar sem o uso de equipamentos de mergulho.
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Montanhismo: atividade que consiste em escalar montanhas.
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Parapente: esporte aéreo que consiste em voar com um planador leve puxado por uma corda.
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Quadriciclo: veículo motorizado com quatro rodas que é utilizado para percorrer trilhas em áreas remotas.
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Rafting: atividade que consiste em descer corredeiras em botes infláveis.
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Rapel: atividade que consiste em descer em um paredão ou rocha por meio de uma corda.
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Snorkeling e Flutuação: atividades que consistem em explorar o fundo do mar com um snorkel ou com uma máscara e um tubo de respiração.
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Stand Up Paddle: esporte aquático que consiste em remar em uma prancha de surfe com um remo.
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Surfe: esporte aquático que consiste em deslizar nas ondas com uma prancha.
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Tirolesa: atividade que consiste em deslizar por uma corda suspensa entre duas torres.
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Turismo de observação de vida silvestre: atividade que consiste em observar animais em seu habitat natural.
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Vela: esporte aquático que consiste em navegar em um barco à vela.
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Windsurfe: esporte aquático que consiste em navegar em uma prancha com uma vela.
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4X4: atividade que consiste em percorrer trilhas em veículos 4x4.