Segundo associação, as medidas são essenciais para cumprir com as expectativas da alta temporada até fevereiro
Neste fim de ano, as empresas de serviços em solo - ou ground handling - anunciaram a contratação de em média 4% a mais de pessoal para atender às demandas da alta temporada. O segmento possui cerca de 35 mil trabalhadores em todo país. Segundo a ABESATA (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo), essas medidas são necessárias para fortalecer os times em solo que garantem o atendimento dos voos nacionais e internacionais, cujas operações já correspondem a 97% do registrado antes da pandemia.
“Sempre temos operações especiais nesta época do ano para atender o grande número de pessoas que viajam a partir do Natal até o Carnaval. Mas, desta vez, ainda estamos aquém dos níveis pré-pandemia, mas foi preciso aumentar o efetivo em média em 4%, muito embora este ano o aumento de passageiros ficará muito mais em função do aumento de ocupação do que pelo maior número de aeronaves em operação”, declara o presidente da ABESATA, Ricardo Miguel.
No Brasil, as empresas de ground handling respondem por 95% das operações em solo, como a limpeza e desinfecção de aeronaves, o atendimento e transporte de superfície de passageiros e tripulantes, check-in, manuseio no terminal de carga, canal de inspeção - security - para embarque de passageiros, bagagens e cargas aéreas, entre outras modalidades.
O crescimento acompanha a nova malha aérea regular da alta temporada de verão no Brasil, com 94 voos nacionais e internacionais novos, conforme anunciado pelo Ministério do Turismo no final de outubro deste ano, em Brasília (DF). Os esforços do governo federal e das companhias aéreas em estimular a conectividade com outros países estima alavancar o setor de aviação em 2024.
De acordo com estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor do turismo deve faturar na alta temporada - entre novembro deste ano e fevereiro de 2024 - cerca de R$ 155,8 bilhões, o que representa um aumento real de 5,6% em relação ao ano passado. Alinhado a isso, o número de passageiros em viagens aéreas atingiu 24,25 milhões no terceiro trimestre deste ano, retomando o volume registrado no mesmo período em 2019 - ou seja, antes da crise sanitária decorrente da pandemia.