A programação foi promovida pelo Governo do Estado, para celebrar os 15 anos do reconhecimento da festa como Patrimônio Imaterial da Bahia
A Festa de Santa Bárbara, comemorada nesta segunda-feira (4), começou bem cedo em Salvador, com alvorada de fogos de artifício, seguida do repicar dos sinos da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho, local da celebração da missa campal. Em seguida, a procissão por ruas do Centro Histórico reuniu uma multidão de devotos, com trajes em vermelho e branco, as cores que simbolizam a santa homenageada, padroeira dos bombeiros e dos mercados, que serviram o tradicional caruru.
“É uma festa fantástica, que atrai as pessoas para celebrar, viver a fé e a esperança, além de atrair turistas e gerar divisas para o estado. Não teríamos opção melhor para abrir o calendário das festas populares da nossa cidade”, declarou o pároco da Igreja do Rosário dos Pretos, Lázaro Muniz.
Baianos católicos e adeptos do candomblé e turistas reverenciaram Santa Bárbara, que, no sincretismo religioso, é representada pela orixá Iansã, deusa dos ventos e das tempestades. Depois da parte religiosa, as comemorações continuaram no Centro Histórico, com manifestações culturais e shows. A programação foi promovida pelo Governo do Estado, para celebrar os 15 anos do reconhecimento da festa como Patrimônio Imaterial da Bahia, uma tradição que surgiu no século 17.
“Vim para conhecer a história e religiosidade da Bahia. Queria entender a festa e receber essa energia de Santa Bárbara e Iansã. É tudo muito forte, intenso, maravilhoso”, relatou a paulista Juliana Arantes, que visita Salvador pela primeira vez.
O governador em exercício Geraldo Júnior participou das homenagens à santa, no Pelourinho, acompanhado de secretários estaduais. O titular da Secretaria de Turismo (Setur-BA), Maurício Bacelar, falou sobre ações para o incremento do turismo religioso e anunciou novidades. “Para os católicos, temos a parceria com a Pastoral do Turismo, de onde surgiram os roteiros da fé e a nova imagem de Santa Dulce dos Pobres, no Largo de Roma; e fazemos a divulgação dos santuários baianos, no Brasil e no exterior. Para os seguidores das religiões de matriz africana, temos o projeto Agô Bahia, que oferece capacitação, qualificação e apoio a eventos. Nos próximos dias, será lançado o guia com orientações para visitação aos terreiros e um roteiro do segmento, reunindo os principais templos do candomblé, em Salvador e região metropolitana”.