Segundo o embaixador chinês, apesar de o país ser responsável pela emissão de 150 milhões de turistas para o mundo, apenas 60 mil escolhem o Brasil que, apesar do número ainda pequeno, é o principal destino dos chineses na América Latina. Por outro lado, 90 mil brasileiros visitam a China por ano, número também aquém do potencial brasileiro.
Para ampliar esse número já no momento pós-pandemia, o ministro do Turismo reforçou a necessidade do aumento de conectividade aérea entre Brasil e China logo na retomada das atividades, além da isenção de vistos de entrada no Brasil para os turistas chineses. O ministro anunciou, ainda, que a China foi o país escolhido para sediar a representação da Embratur no continente asiático auxiliando, assim, a promoção do Brasil em toda a região.
“Temos na China um grande e importante parceiro em todos os setores e tenho certeza de que, no momento pós-pandemia, teremos plenas condições de receber um número crescente de viajantes chineses. Esse potencial foi confirmado pela revista Voyage que afirmou que o Brasil é o melhor destino para os chineses”, comentou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.
O ministro ainda agradeceu a parceria do governo chinês e propôs a criação de um grupo de trabalho para otimização do fluxo de turistas. A parceria foi exaltada pelo embaixador do país asiático. “O Brasil é parceiro estratégico da China não só na América Latina como no mundo e aprofundar a cooperação no setor turístico. A distância geográfica não impede o intercâmbio entre os nossos povos que têm contribuído para o crescimento dos dois países”, afirmou Yang Wanming.
WEBINÁRIO
Está previsto para o próximo dia 15 de abril o “1º Webinário - Turismo Internacional da China: Potencial do Mercado” com foco na capacitação para agências de turismo brasileiras interessadas em atuar no receptivo de turistas chineses que será realizada pela Pasta e pela Embratur.
No Brasil, o Ministério do Turismo é o único órgão responsável por esta seleção e somente empresas autorizadas pelo órgão poderão atender turistas chineses. Em 2020, 430 agências foram cadastradas, o que representa um aumento de 46% com relação a 2019 (295 agências).
Ao longo do ano de 2021 estão previstas, ainda, a elaboração de cartilhas com foco no mercado chinês de turismo, orientando agências brasileiras em relação às peculiaridades do viajante da China, como língua, costumes e preferências, bem como ações de promoção do Brasil naquele país.