Segurança jurídica e investimentos são os principais temas debatidos pelos representantes do Governo e do segmento
Promovido pelo Ministério do Turismo, foi realizado, nesta quarta-feira (06/06), o Seminário Investe Turismo - Segurança Jurídica Gera Empregos, em São Paulo, em parceria com os jornais Valor Econômico e O Globo. Orlas e o turismo náutico, visitações a cidades históricas, os parques temáticos, e a potencialização de investimentos para atrair o turismo internacional foram às pautas do encontro. Cerca de 200 pessoas, entre profissionais do trade, representantes do governo, jornalistas, pesquisadores, empresários e investidores, estiveram presentes neste encontro na capital paulista, onde 15 profissionais da área debateram saídas para o crescimento do turismo nacional e internacional no Brasil.
A presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Teté Bezerra, participou do evento, e reforçou a importância de se debater estes temas. “O turismo deve estar na pauta política e econômica. Desenvolvendo as políticas públicas e as questões jurídicas que envolvem o tema, há a possibilidade de avanços, junto com isso, potencializar a chegada de estrangeiros ao nosso País”. “O turismo está em um momento de mudança, inclusive, neste momento, o Projeto de Lei que transforma a Embratur em um Serviço Social Autônomo, com mais autonomia e possibilidades de investimentos, está na pauta do Congresso, podendo ser mais um passo para o avanço do setor”, completou a presidente.
“Somos destinos complementares. Podemos nos integrar e fazer uma política regional de vistos para turistas para facilitar o fluxo dos turistas internacionais entre Brasil e Argentina e também na América do Sul”, propôs Ramiro Alem, cofundador da Invetur, da Argentina, que apresentou o país vizinho como um parceiro estratégico para a atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, painel que contou com a presença do ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, e também da presidente da Embratur.
“Grandes países têm um forte turismo interno. Mas grandes países têm também dever de desenvolver suas vantagens comparativas com foco no mercado internacional”, declarou o ministro Vinicius Lummertz.
Durante sua fala, o presidente da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Alexandre Sampaio, enfatizou que “precisamos da celeridade, sem abrir mão do olhar com a qualidade e assertividade, tendo um horizonte de avanços para o Brasil e para o Turismo”.
Amir Klink, proprietário da Marina do Engenho em Paraty, abordou a importância e as potencialidades da natureza e dos ativos para o turismo brasileiro, e como o turismo náutico pode gerar empregos. “O empreendimento, que hoje gera quatro mil empregos diretos, levou 12 anos para atender a todas as demandas jurídicas e ambientais. Precisamos de alguma ação contundente para diminuir o tempo e as burocracias para desenvolver uma marina”.