O momento é delicado para o setor, que vem de um ano com forte crise e câmbio elevado
Nesta ultima quarta-feira, 20 de janeiro, os presidentes de importantes associações do Turismo nacional estiveram reunidos no centro de São Paulo para uma entrevista coletiva à imprensa. Edmar Bull, presidente da Abav Nacional; Magda Nassar, presidente da Braztoa; Marco Ferraz, presidente da Clia Abremar Brasil; e Guilherme Paulus, presidente do Conselho de Administração da CVC, acreditam que em breve o governo colocará em prática o acordo que fez com o setor em dezembro do ano passado quanto às remessas de IR para o exterior.
No final de 2015, essas associações saíram de uma reunião no Ministério da Fazenda, em Brasília, com a garantia do então ministro Joaquim Levy, do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, da Receita Federal, de que o Imposto de Renda retido na fonte (IRRF) sobre as remessas para o exterior referentes a gastos com turismo, saúde, educação e manutenção de dependentes não passaria de zero para 25%, mas para 6% - valor que acompanharia a cobrança de IOF.
Em conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, ficou garantida a manutenção do acordo. No momento, o governo estuda a viabilidade técnica para implantação da nova tarifa.
O momento é delicado para o setor, que vem de um ano com forte crise e câmbio elevado, juros nas alturas, desemprego e desconfiança. Somado a isso, o imposto que acresce em 33% os produtos turísticos comprometeria a saúde financeira de todo o turismo nacional. O fechamento de agências e operadoras é iminente, além do cancelamento de rotas de companhias aéreas internacionais, de cursos de formação profissional no exterior e da vinda de Cruzeiros Marítimos para o Brasil, além do incalculável prejuízo social, econômico e diplomático.
Vale lembrar que o setor do turismo tem contribuído para alavancar as economias de países em crise, mais uma razão para que o governo brasileiro o eleja como uma das prioridades na luta para reativação do crescimento do nosso país.
Em declaração aos jornalistas presentes, todos os dirigentes das entidades afirmaram que acreditam que a solução à questão acontecerá nos próximos dias. “Estamos em constante contato com o governo, que tem sido um grande parceiro e que está ciente da delicadeza da questão. Sentimos um grande empenho no Ministério do Turismo e da Fazenda em nos atender”, resumiram os presidentes das associações.