Evento liderado pelo empresário João Doria, o evento aconteceu no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, e contou com a presença de 322 empresários
"Cenários, Desafios e Resultados da Privatização dos Aeroportos" foi o tema da palestra do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, em Almoço-Debate promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. Liderado pelo empresário João Doria, o evento aconteceu no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, e contou com a presença de 322 empresários.
"Não podemos pestanejar, crise é sinônimo de oportunidade", disse Padilha. O ministro informou que os preços das passagens aéreas ficaram 48% menores de 2004 a 2014; 62% menos atrasos nos aeroportos com aumento de 88% de passageiros. Esses dados são reflexos da gestão da aviação, que até então tinha aumento significativo da demanda, infraestrutura insuficiente e defasada, baixos índices de desempenho, baixa competitividade, etc. "Atualmente, Guarulhos recebe mais 12 milhões de passageiros, Campinas teve 1.795% de aumento no número de passageiros, e o aeroporto de Brasília passou de 60 mil m² para 110 mil m²", comemorou o ministro.
A nova rodada de concessões dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, que poderão receber um aporte de R$ 8,5 bilhões a partir de 2016 da iniciativa privada, também foi pauta do encontro. "Tenho convicção absoluta no sucesso das concessões, pois tenho confiança no Brasil, que é muito maior do que esta crise", afirmou.
Os seis primeiros aeroportos concedidos à iniciativa privada – Natal, Guarulhos, Brasília, Viracopos, Galeão e Confins - já receberam R$ 13,4 bilhões em investimentos e outros R$ 13 bilhões estão previstos para os próximos anos. Uma das indefinições é sobre a participação que a Infraero terá em cada aeroporto. Em relação aos custos da Infraero, o ministro afirmou que "a Infraero tem encargos trabalhistas, déficit, tem o mesmo número de servidores e, após as concessões, a receita caiu para menos da metade. Estamos promovendo uma reengenharia e vamos colocar em prática em alguns aeroportos. Um exemplo é Congonhas, que cresceu 10% no primeiro semestre. Poderíamos implantar um shopping no aeroporto como alternativa para converter em receita", comentou.