A Assembleia Nacional da França aprovou, nesta quarta-feira (20), o projeto de lei que permite a prorrogação da exigência dos passaportes de saúde até 31 de julho de 2022. O texto ainda precisa do aval do Senado na próxima quinta-feira (28).
O documento prova que seu titular já recebeu o esquema completo de vacinas contra a Covid-19 ou teve recente resultado negativo em testes de detecção da doença. O passe tem sido exigido em locais como bares, restaurantes e instalações esportivas, por exemplo.
A data em julho é o prazo máximo para a obrigatoriedade do passaporte de saúde, que pode ser suspenso antes se indicadores como taxa de vacinação, proporção de testes positivos e disponibilidade de leitos de UTI assim o permitirem.
Desde agosto, manifestantes contrários à exigência têm ido às ruas do país em protestos, embora o volume dos atos tenha caído gradualmente nas últimas semanas.
A falta de consenso sobre o tema ficou evidente durante a votação na Assembleia. O projeto todo foi aprovado com 135 votos a favor e 125 contra após dois dias de discussões acaloradas no Parlamento. O artigo específico que possibilita a prorrogação do passe até julho de 2022 teve votação ainda mais acirrada: 74 votos favoráveis e 73 contrários.
Até esta quinta-feira (21), a França registrou mais de 7,2 milhões de casos e 118 mil mortes por Covid-19, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.