Visitar clientes, comparecer a reuniões em outras unidades e participar de eventos ou congressos.
Essa realidade de muitos executivos no Brasil não está mais restrita a cidade onde ele mora. A cada dia é maior o número de pessoas que viaja a trabalho pelo país e até mesmo ao exterior.
Segundo dados da Global Business Travel Association (GBTA), a mais importante organização de viagens de negócios e reuniões corporativas do mundo, os gastos totais dos brasileiros nesse segmento deverão crescer 14,3% em 2013, o que representaria custos de US$ 34,5 bilhões. Nesse cenário não estão apenas envolvidas as viagens dentro do território nacional, mas também as despesas com viagens internacionais.
No segmento doméstico, a entidade calcula que a demanda deve crescer 12,9% este ano, com gastos na ordem de US$ 27 bilhões. O índice ficaria bem acima da média dos últimos 12 anos, quando o aumento médio foi de 8,3% ao ano. Já os gastos com viagens internacionais devem apresentar expansão de 20,2% em 2013, alcançando US$ 7,1 bilhões. Essa evolução levou o Brasil ao oitavo lugar no ranking mundial de viagens corporativas, com grandes possibilidades de ultrapassar a Itália, França e o Reino Unido, nos próximos dois anos.
Outro dado que reforça esse sentimento vem dos Indicadores Econômicos de Viagens Corporativas (IEVC), que analisa o setor com base em seis segmentos – aéreo, hospedagem, locação de autos, alimentação, agenciamento e tecnologia. Desenvolvido pela Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) em parceria com o SENAC e apoiado pela Associação Brasileira de Agências Corporativas (Abracorp), os números apontam uma elevação de 12,8% em 2012 e projeta expansão de 10,7% este ano. Isso significa que os gastos com viagens corporativas no país passaram de R$ 28,6 bilhões em 2011 para R$ 35,7 bilhões em 2013.
Com tanta demanda, alguns serviços, em especial os voltados à assistência viagem, passaram a ganhar importância dentro das empresas. A Assist Card Brasil, por exemplo, atualmente atende algumas das principais companhias do país, como o Grupo Vale, a AmBev e a Petrobrás. A empresa, integrante do maior grupo de assistência ao viajante do mundo, acredita que o segmento corporativo deve aumentar 20% este ano.
O crescimento dessa demanda se deve também a percepção dos próprios executivos, que não se sentem livres de imprevistos mesmo em viagem mais curtas. “Alguns planos de saúde oferecidos pelas companhias não abrangem o país todo. Logo, quando um executivo viaja para outra unidade, mesmo que seja dentro do território nacional, ele pode não estar protegido. Com a contratação de um serviço de assistência viagem a falta de cobertura inexiste não apenas em saúde, mas também nos casos de cancelamento de viagem, acidentes pessoais e bagagem, graças aos seguros que ofertamos”, alerta Gabriel Rego, diretor Comercial da Assist Card Brasil em São Paulo.
Atualmente a gama de coberturas são as mais variadas possíveis, partindo geralmente de assistência médica, odontológica, farmacêutica e hospitalar. No caso de internação, por exemplo, há a possibilidade de envio de acompanhante, se necessário. Isso sem falar em assistência jurídica, coberturas para o extravio de bagagens, antecipação de fiança, chegando até ao repatriamento funerário.
“Para nós, seguro viagem é um item tão importante quanto a emissão do ticket aéreo e a reserva de hotel nas viagens”, garante Paulo Daniel da Silva, conselheiro da Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev). “Ninguém planeja viajar pensando em imprevistos. Por isso, o seguro viagem tem que ser considerado um investimento e não uma despesa. Sua falta poderá gerar custos extras de maneira tal que poderá inclusive interrompe-la”, alerta.
Já entre os profissionais de Recursos Humanos a percepção é semelhante. “Este benefício é extremamente importante, pois imprevistos em viagens são comuns, desde saúde física, extravio de bens até desastres naturais no país de destino”, acredita Gilson Modesto da Cruz, gerente de RH da Techint Engenharia e Construção. De acordo com ele, o serviço “traz segurança e tranquilidade para a empresa e para os profissionais que viajam para lugares que muitas vezes nem conhecem. Para a companhia, outra vantagem é a comodidade na operacionalização a um custo acessível”.
Outro exemplo é a Full Gauge Controls, empresa que desenvolve e produz instrumentos digitais para controle e indicação de temperatura, umidade, tempo, pressão e voltagem. Com clientes localizados nos cinco continentes, a companhia não abre mão dos serviços de assistência viagem. “Para nós este é um item indispensável em todas as nossas viagens mundo afora, pois com ele temos a certeza de que nossos funcionários estarão tranquilos e seguros onde quer que seja. Sabemos que, caso necessário, terão todo o auxílio em situações inesperadas", garante Valéria Sales, supervisora de Marketing da companhia.
“É muito comum em viagens as pessoas passarem mal e gastarem com remédios ou médicos sem saber, ou não lembrar que se elas adquiriram o Seguro Viagem, podem contar com suporte médico e outros serviços sem terem mais despesas, como a Localização da Bagagem ou até mesmo a cobertura de Cancelamento de Viagem, se houver necessidade de cancelar a viagem na última hora” afirma , Ivanor Montanhana, diretor de Ramos Elementares da Vila Velha Seguros, uma das maiores corretoras de capital nacional do país.
De maneira geral, há um consenso que os serviços que garantem a tranquilidade de quem está viajando a trabalho irão crescer muito nos próximos anos. “A assistência viagem é um dos mais promissores do setor, não só pelo crescimento que ele vem apresentando, mas pelo potencial que pode alcançar. Afinal de contas, todos os trabalhadores também tiram férias ao menos uma vez por ano e, geralmente, eles costumam viajar com a família para descansar e desestressar”, explica Daniel Prieto, Country Manager da Assist Card Brasil. “A assistência viagem chegou para ficar. Já houve a época da odontologia e do microsseguro. Acredito que agora o nosso serviço é a bola da vez”.