Ministro desdenhou emendas da Comissão de Turismo da Câmara e consegue desagradar a todos deputados titulares de uma só vêz.
A comissão de Turismo e Desportos da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado José Rocha (PR-BA) começou esta semana, antes mesmo do recesso parlamentar, a avaliar a sua relação com o Ministério do Turismo.
A pasta, que está sob o comando da cota dos parlamentares do PMDB na Câmara, tem como titular o deputado do PMDB-MA, Gastão Vieira, escolhido após renuncia do também deputado Pedro Novais, PMDB-MA.
Os deputados esperavam, por terem um colega à frente da pasta, uma compreensão da importância que a CTD para o Ministério, porém a realidade se mostrou completamente diferente. No apagar das luzes da liberação legal dos empenhos de emendas antes das eleições municipais de outubro próximo a Comissão foi solenemente ignorada.
A CTD tem direito a R$ 68 milhões em emendas, valor que foi distribuído democraticamente para projetos de todos os deputados titulares da comissão de turismo, em plena a sintonia com a assessoria parlamentar do Mtur.
Ao expirar o prazo legal para o empenho antes do período eleitoral, veio uma desagradável surpresa. Nenhuma das emendas ligadas a Comissão de Turismo e Desportos foi empenhada. A perplexidade só não foi maior do que o festival de desculpas apresentadas, algumas delas que desafiam até a o bom senso de parlamentar de primeiro mandato.
O registro de desdém do Ministério do Turismo com a Comissão de Turismo e Desportos da Câmara foi agravado pela notícia da prioridade dada as emendas dos deputados do PMDB e de forma especial ao as apadrinhadas pelo deputado Henrique Alves, lídr do partido e futuro presidente da Câmara..
Na retomada dos trabalhos legislativos em agosto o troco será dado. O deputado Gastão Vieira, ao desdenhar os colegas da CTD, cometeu um erro básico na política que é o da ingratidão. Esqueceu os afagos recebidos no dia que compareceu a uma audiência pública da comissão e que saiu quase consagrado.
A lupa agora será colocada na sua gestão e com a decisão de não orientar e atender as emendas da comissão conseguiu um feito inédito: desagradou de uma só vez a todos os titulares que até o início de 2013 comandam o turismo na Câmara dos Deputados, casa que retornará quando deixar “estar” ministro.
O clima é de guerra, já que apostam que as emendas irão evaporar após as eleições municipias devido a "boa vontade" do titular do Mtur com seus colegas na Câmara.