Já é possível avaliar pelo celular a existência de rampas para cadeirantes, menus em braile, banheiros adaptados e piso tátil para deficientes visuais

 

O Ministério do Turismo lançou no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a versão portátil do Guia Turismo Acessível. A ferramenta leva a celulares e tablets um banco de dados com 530 mil estabelecimentos, que podem ser acessados e avaliados de qualquer lugar com acesso à internet.

O lançamento ocorreu durante evento alusivo à data, promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência (SDH) e realizado no auditório da instituição. Estiveram presentes o ministro do Turismo, Vinicius Lages, a ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SDH), Ideli Salvatti, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Fausto Pereira dos Santos, e ainda o secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, da SDH. Além do lançamento do aplicativo foram lançados também o vídeo Modos de CER, do Ministério da Saúde, que fala do Centro Especializado em Reabilitação, e o Livro do Viver sem Limites, da SDH, com os resultados de quatro anos de gestão do Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

“O aplicativo está ao alcance das mãos e, por esta razão, poderá ser usado durante a experiência turística, em tempo real”, disse o ministro do Turismo, Vinicius Lages. “A facilidade e o acesso gratuito ao aplicativo tendem, ainda, a multiplicar o número de avaliações nos próximos meses”, afirmou. De acordo com Lages, há, no país, 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, “e é de direito possibilitar a essas pessoas políticas e ações que promovam uma experiência turística positiva para elas, para todos os brasileiros de uma maneira igual”, destacou.

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Fausto Pereira dos Santos, avaliou que o Plano Viver Sem Limites “marcou uma mudança e fez o governo federal saltar vários degraus em matéria de política de inclusão social”. Já a ministra Ideli Salvatti lembrou que, com o aumento da expectativa de vida da população, “teremos que lutar cada vez mais para criar oportunidades para que as pessoas vivam sem limites”.

O site Guia de Turismo Acessível foi lançado em junho e já teve 329 mil acessos, 1.096 usuários cadastrados e 177 avaliações. As funções do aplicativo são exatamente as mesmas do portal: o usuário se cadastra e pode consultar os estabelecimentos de interesse e avaliar aqueles que já visitou.

CAMPANHA NAS REDES SOCIAIS

Personalidades e organizações ligadas ao tema já estão divulgando o portal de turismo acessível em suas redes sociais. O deputado Romário deu atenção especial ao assunto em seu Facebook. O mesmo fez o apresentador e chef de cozinha Edu Guedes e a deputada Rosinha da Adefal. Associações como o Comitê Paralímpico Brasileiro, a Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE) e a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) também publicaram textos sobre o guia de acessibilidade do turismo brasileiro. Rádios como a CBN Brasília noticiaram o tema esta semana.

A internet é usada amplamente pelas pessoas com deficiência, inclusive pelo celular, seja para estudos, pesquisa e contato com família, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo. “O aplicativo e o site vão suprir essa carência, especialmente pelo seu caráter de portal colaborativo. O próprio público alvo avalia e insere as informações no sistema”, afirma Wilken Souto, diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas, que ajudou a elaborar a ferramenta.

Ao consultar os estabelecimentos, os usuários têm acesso ao endereço, telefone, imagens e avaliações dos atrativos turísticos. Eles são classificados por ícones como alimentação, compras, eventos e lazer, hospedagem, museus e atrativos históricos, parques e zoológicos, praias e serviços turísticos. Para facilitar o processo de consulta, o usuário terá ainda, sua localização de cidade e estado detectada automaticamente pelo aplicativo.

A avaliação dos atrativos é uma parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e com o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) – e abrange itens exigidos por leis e normas, que permitem acessibilidade a pessoas com deficiência auditiva, física ou motora, visual e mobilidade reduzida. O programa foi desenvolvido pela Coordenação Geral de Tecnologia da Informação do Ministério do Turismo.