Por: Mariana Zylberkan
O governo de São Paulo atribuiu às prefeituras a função de fiscalizar festas clandestinas e aglomerações durante o feriado de Carnaval.
"O carnaval é uma decisão das prefeituras. A orientação do estado é evitar festas e aglomerações. Se houver algum desrespeito [às recomendações], são as prefeituras que devem acionar a Polícia Militar", disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (23).
O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, reiterou o posicionamento e afirmou que "os municípios agirão para que festas clandestinas sejam impedidas uma vez que ainda estamos vivendo uma pandemia".
A postura atual do governo paulista difere dos primeiros meses da pandemia, quando foram deflagradas forças-tarefa para coibir festas clandestinas e aglomerações capitaneadas pelo deputado federal e ator Alexandre Frota (PSDB).
As ações tinham a participação de agentes da Polícia Civil, Polícia Militar, Procon, Vigilância Sanitária e guardas-civis dos municípios.
Com a proibição dos blocos de rua neste Carnaval, proliferam nas redes sociais convites para festas privadas de carnaval com ingressos até R$ 700.
Respiradores
O governador comentou nesta quarta-feira sobre a investigação da Polícia Federal que acusa sua gestão de ter adquirido respiradores superfaturados no início da pandemia.
Segundo ele, não há viés político nas acusações e afirmou que confia na Polícia Federal de São Paulo com quem tem uma "relação republicana" enquanto governador.
Queda de mortes
De acordo com Doria, o estado registrou queda no número de mortes por Covid-19 pela primeira vez em 2022 nesta semana, quando houve redução de 11% neste indicador.
"O controle da pandemia se deu de forma eficaz em decorrência da vacina", diz o secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn.
Segundo o secretário, a taxa de ocupação das UTIs no estado está, atualmente, em 51%, sendo que há três semanas essa taxa ultrapassou 75%.
"Estamos na fase descendente da transmissão da ômicron", disse o médico Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contigência do governo estadual.