A gestão dura até 2024, e aguarda a homologação do reitor da universidade para assumir -o atual diretor do museu, Carlos Roberto Brandão, termina o mandato em 13 de julho
O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC-USP, anunciou nesta quarta (10) o resultado das eleições para a sua diretoria. A historiadora da arte Ana Gonçalves Magalhães passa a comandar a instituição, enquanto a arquiteta urbanista Marta Bogéa ocupa o posto de vice-diretora.
Magalhães, pesquisadora de arte do século 20 que esteve por trás de uma série de exposições no museu nos últimos 12 anos, trabalhou antes como assistente de curadoria da Fundação Bienal de São Paulo. Já Bogéa é professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a FAU-USP.
Entre as propostas da chapa para o museu, estão a implantação de uma linha de pesquisa em processos curatoriais e a elaboração de políticas de acervo, além da retomada da programação do anexo expositivo do museu, descrito como um local sem paralelos na cidade para abrigar projetos de arte contemporânea site-specific, isto é, desenvolvidos especialmente para o local onde serão exibidos.
A gestão dura até 2024, e aguarda a homologação do reitor da universidade para assumir -o atual diretor do museu, Carlos Roberto Brandão, termina o mandato em 13 de julho.
A chapa de Magalhães e Bogéa venceu aquela formada por Martin Grossmann, professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP) e candidato a diretor, e Mauricio Pietrocola, professor da Faculdade de Educação (FE-USP) e candidato a vice-diretor.
Um dos responsáveis pela implementação da ação educativa do MAC nos anos 1980, ao lado de Luciana Brito e Mônica Nador, Grossmann foi vice-diretor do museu entre 1998 e 2002, e chegou a concorrer pela diretoria naquele ano, quando perdeu o posto para Elza Ajzenberg.
Hoje instalado num complexo arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer, o MAC foi criado em 1963, quando a USP recebeu de Ciccillo Mattarazzo o acervo então pertencente ao MAM, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Sua coleção abriga mais de 10 mil obras, entre eles de artistas como Modigliani, Picasso, Miró, Calder e Kandinsky, além dos brasileiros Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.