Média da ocupação em 2016 foi a pior dos últimos cinco anos
A rede hoteleira de Salvador apresentou em novembro taxa de ocupação de 58,74% e diária média de R$ 232,72, resultando em um Revpar (indicador ponderado de desempenho) de 136,7. Os resultados são superiores ao do mês anterior – outubro, com ocupação de 50,73% e diária de R$ 218,81 – e a novembro de 2015, quando a taxa de ocupação foi 56,04%. No que diz respeito à diária média, o aumento de 9,5 % verificado em relação ao mesmo período do ano anterior foi apenas suficiente para cobrir a inflação do período.
Dos 4 Polos hoteleiros da cidade, coube aos hotéis da Itapuã/Stella e Centro/Pelourinho os melhores desempenhos, seguidos pelos da Barra/ Rio Vermelho e Stiep/Pituba.
Apesar da melhora dos resultados de novembro, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA) estima fechar 2016 com uma taxa média anual de ocupação de 51,17%, a mais baixa dos últimos 5 anos, e uma diária média anual de R$ 236,13, também a menor do quinquênio em termos reais.
Observando os dados da Infraero, verifica-se que a crise no mercado de hospedagens é geral, mas se manifesta de forma diferente nas várias capitais turísticas do país. Nos primeiros dez meses deste ano, enquanto o número de passageiros nos aeroportos da rede Infraero caiu 7,7% em relação ao mesmo período de 2015, em Salvador essa queda foi de 18,6%. Já em Recife observou-se um aumento de 1,4% no número de passageiros.
“A proximidade do verão sempre traz a expectativa de alívio para o setor com a chegada das festas e a divulgação antecipada do calendário do Réveillon. No entanto, o turismo atua sempre de forma planejada e o setor está preocupado com a falta de ações voltadas para combater a sazonalidade no longo período de baixa estação, que vai de março a junho”, pondera o presidente da ABIH-BA, Glicério Lemos.