Ao invés de sair às compras, a TMC decide criar start-up para atender à estratégia de diversificação de Negócios em 2016
Com apetite e disposição para diversificar e crescer em 2016, o grupo Alatur JTB, um dos 3 maiores conglomerados de viagens do país anuncia a criação da Honour, braço de viagens de incentivo, quebrando o paradigma de ir as compras para aquisição ou fusão com marcas já existentes no mercado. “Esgotamos nos últimos 3 anos todas as operações de aquisição que atendessem a nossos critérios mínimos de adequação de target. Ou não queriam vender, ou eram operações muito pequenas, ou os preços eram exorbitantes. Fazer uma start-up, portanto, soou como puro bom senso”, comenta Ricardo Ferreira, um dos sócios.
Para comandar a nova empresa, o grupo traz Gilmar Pinto Caldeira, um dos mais experientes profissionais no marketing de incentivo, com vários prêmios e mais de 25 anos de atuação no segmento. Na visão de Eduardo Kina, CEO do Grupo, a criação da Honour nasce em um momento muito especial, com a oferta de programas de incentive volta dos notadamente a eventos esportivos e experiências, com proposta única e diferenciada. E em tempos de crise, segundo Kina, o segmento de viagens de incentive sempre se mostrou muito resiliente. A opinião é compartilhada pelo próprio Caldeira, que afirma já ter passado por 19 planos econômicos e algumas crises como a atual, e que a despeito de tudo, ressalta que a indústria de viagens de incentivo sempre sobreviveu.
"Crise à parte, é na hora de queda nas vendas que as empresas tem que motivar seu time, distribuidores e a cadeia produtiva a reagir e ir a captura de clientes. E a grande vantagem do negócio com incentivos é que os programas se auto pagam, já que a conquista do prêmio só acontece quando se atinge as metas. Não somente as recompensas, mas a motivação e engajamento de pessoas nos objetivos das empresas, passaram a ser crucial em viagens de incentivo, e compõem a pedra fundamental de todos os programas”, comenta Caldeira.
O portfolio de serviços da Honour sera baseado em experiências, através da oferta de acolhimento e hospitalidade em grandes eventos mundiais. A idéia é elaborar programas e prêmios empolgantes, e inacessíveis ao contemplado, algo que ele não poderia comprar por sua conta e risco.” Nosso portfolio de experiências tem por trás muitos anos de conhecimento de um time de experts em encantar e surpreender, e que tem na trajetória passagens relevantes, como a última Copa do Mundo, em que atuamos, apenas citando algumas”, diz Caldeira.
Se as viagens a lazer ou corporativas não estão em franca efervescência, o mesmo não pode se dizer das viagens de incentivo e de eventos, que desde o ultimo trimestre de 2015 vêm crescendo em bom ritmo. Nesse aspecto, para Caldeira, o segmento é uma solução para que empresas possam sobreviver e preserver seus Recursos humanos, principal asset de uma organização. Os dados globais da indústria são escassos, mas no que tange ao mercado americano, só em 2014 foram investidos aproximadamente US$ 76 bilhões de dólares no segmento MICE - Meetings and Incentives, sendo que as viagens de incentive representam 50 % dos prêmios. E quem ganha com isso são os destinos, recolhendo taxas, gerando divisas, impulsionando contratações fixas e temporárias e movimentando suas economias. Itinerários, em geral, são escolhidos e definidos por uma série de fatores e cultura de cada organização, mas o que prevalece no momento são experiências, que vão da gastronomia, à arte, cultura, entretenimento, moda eeventos esportivos, sempre alinhadas com o perfil do ganhador das viagens.
No Brasil, 55 % das viagens de incentive contemplam destinos domésticos e os outros 45%, os internacionais. “Para o mercado internacional, o Brasil é um destino interessante para viagens dessa natureza, mas sofre do mesmo problema do turismo de lazer, afetado pelas notícias negativas na mídia e descaso do governo, que o excluem do mapa de interesses, diante da vasta oferta mundo afora”, diz Caldeira.