Identificada durante as pesquisas de campo do Estudo de Competitividade do Turismo Nacional, iniciativa entra para o guia de boas práticas do MTur

 

A criação de um produto turístico diferenciado, de pouco impacto ambiental e associado à preservação de uma espécie que já esteve ameaçada de extinção foram os ingredientes que tornaram um projeto de Mata de São João, no litoral baiano, um caso de sucesso no turismo. A observação de baleias (whalewatching), parceria do Instituto Baleia Jubarte e operadores turísticos da região, foi uma das 15 iniciativas publicadas no guia de boas práticas do Ministério do Turismo e Sebrae.

O turismo de observação de baleias atrai anualmente cerca de três mil turistas para a região da Praia do Forte, um dos ícones do turismo baiano. Ver em alto mar os animais, que entre julho e novembro visitam a costa brasileira para reprodução, é um programa que permite contato com as belezas cênicas do local e ainda ajudam na preservação da espécie.

Parte da arrecadação das operadoras com o passeio, que custa entre R$ 170 e R$ 200 é revertido para as pesquisas que auxiliaram, por exemplo, na retirada das Jubarte da lista de animais ameaçados de extinção. O projeto contribui, ainda, para disseminar a necessidade da conservação ambiental entre os turistas.

“Agora, buscamos a certificação da Praia do Forte (em Mata de São João) como destino sustentável, de celebração e valorização da cultura das comunidades locais”, explica Luena Fernandes, do Instituto Baleia Jubarte. Segundo ela, a inclusão do projeto no guia de boas práticas do MTur/Sebrae é um reconhecimento do trabalho que une turismo e conservação, iniciado em 2001.