Isenção do visto para o Brasil, encontro entre grupos empresariais e representantes governamentais estão entre as medidas propostas para aumentar o intercâmbio

 



A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) vai organizar, em ação conjunta com o Ministério do Turismo e o governo da China, um encontro entre grupos empresariais e representantes governamentais para alavancar o intercâmbio turístico entre o Brasil e o país asiático, que movimenta anualmente cerca de 100 milhões de pessoas que viajam para o exterior. Uma primeira reunião para definir detalhes da movimentação aconteceu nesta quinta-feira (22), envolvendo o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, o embaixador da China no Brasil, Li Jhinzang, e o representante do Ministério do Turismo, Acir Madeira.

"Não podemos desprezar um mercado deste tamanho. Apesar de mais de uma centena de milhão de pessoas saírem da China para viajar a cada ano, apenas 70 mil vieram ao Brasil. É pouco", resumiu Lummertz. O embaixador ponderou que os chineses elogiam muito a hospitalidade dos brasileiros e ficam admirados com as atrações do nosso país, em especial as belezas naturais e cidades históricas. No entanto, dificuldades de logística e a exigência de um visto de entrada a cada viagem faz com que os chineses não procurem tanto o Brasil.

Lummertz se propos, juntamente com o Ministério de Turismo, a trabalhar para, quando o Congresso Nacional aprovar a isenção temporária para vistos de entrada durante as Olimpíadas de 2016 (o texto já foi aprovado pela Câmara e está pra ser votado pelo Senado), a China seja incluída entre os países beneficiados. O presidente da Embratur defendeu ainda a inserção de representantes da iniciativa privada nas negociações para atrais mais turistas.

"Não adianta chamar uma companhia aérea ou uma grande operadora de turismo que não tenha foco na China. Temos que qualificar o grupo interessado em participar deste movimento", emendou Vinicius Lummertz. O embaixador concordou e disse que, além de representantes da agência de Turismo da China, pretende incluir nas conversas dirigentes de empresas aéreas e investidores em infraestrutura turística do país asiático.