Empresa aérea africana quer ampliar número de voos para o País

Em reunião nesta quinta-feira (3), o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinícius Lummertz, e o diretor geral da Royal Air Maroc (RAM) no Brasil, Mehdi El Yaalaoui, definiram ações para ampliar o número de turistas e negócios entre o Brasil e os países africanos. Após 21 anos sem voar para o Brasil, a aérea retomou a rota entre Casablanca (Marrocos) e São Paulo em dezembro de 2013 com três frequências semanais. O voo teve resultados tão positivos que a empresa trabalha para aumentar para cinco frequências até o fim do ano, e até 2016 tornar a rota diária.

"Temos que abrir o Brasil para novos emissores e aproveitar essa oportunidade. Hoje a integração com a África passa pela Air Maroc. Além disso, temos a oportunidade de mostrar que não apenas o fluxo de pessoas é beneficiado, como também as relações comerciais. Com o início dos voos há um ano atrás e o incremento que vem pela frente esperamos que o comércio internacional com todos os países da África aumente”, declarou Lummertz.

A Air Maroc é a maior companhia aérea da África. Com sede na cidade de Casablanca, maior hub africano conectando 30 países do continente, a empresa possui 56 aeronaves, sendo cinco da Embraer e pretende ampliar a frota com mais 22 aviões. A empresa brasileira participa da concorrência, comprovando o potencial de relações comerciais entre o Brasil e os países africanos.

“Temos projetos para distribuir produtos brasileiros para a África e para a Europa. Além disso  nossa população é enorme, são 500 milhões de consumidores, e quando eles viajam gastam bastante.  Acredito que a Maroc e a Embratur podem fazer um bom trabalho de promoção do Brasil na África”, disse Yaalaoui.

A partir de agora Embratur e RAM vão começar a trabalhar em uma proposta de ação conjunta com preestrips, famtours, ações promocionais e capacitação de agentes e operadores para atrair os africanos para o Brasil nos jogos olímpicos no Rio de Janeiro.

“Os jogos olímpicos são um dos eventos mais importantes do mundo e a África está muito envolvida. Nossos atletas são famosos no mundo e temos grandes fãs deles que querem vir, visitar o Rio e assistir os jogos. Essa é uma excelente oportunidade de começar a promover o Brasil. As pessoas seriam realmente receptivas. Aliás, já temos pessoas pedindo para viajar para o Brasil na época da Olimpíada”, explicou o diretor da RAM.

O interesse dos africanos por esportes foi constatado na Copa do Mundo. Em 2013, 94.832 africanos estiveram no Brasil. Em 2014, ano do mundial de futebol, esse número aumentou para 128.252. A expectativa é que o crescimento se mantenha e se repita também na Olímpiada e Paralimpíada.

A reunião contou ainda com a presença de Jorge Nemr; Gilson Lira, diretor de mercados internacionais da Embratur; e Alexandre Nakagawa, coordenador de mercados internacionais.