Impacto econômico da festa deve ultrapassar os R$ 6,6 bilhões, segundo o Ministério do Turismo. Confira a movimentação de turistas e os gastos estimados nos estados que mais reúnem foliões pelo país.

 

O Carnaval é um negócio altamente lucrativo para o setor turístico no Brasil. Segundo levantamento do Ministério do Turismo, cerca de 6,8 milhões de turistas devem circular pelo país de 13 a 18 de fevereiro, gerando um acréscimo de R$ 6,6 bilhões à economia nacional, com forte impulso ao setor de serviços. O faturamento do período representa 3% do total gerado anualmente pela indústria de viagens e turismo no país.

Os números superam o carnaval do ano passado, quando 6,6 milhões de turistas gastaram em torno de R$ 6,1 bilhões. Segundo o ministro do Turismo, Vinicius Lages, o Carnaval é um dos eventos que dão forma à identidade turística do Brasil. “É uma festa extremamente estratégica porque nos coloca em posição de destaque, no mundo, não só como organizadores de grandes eventos, mas principalmente pelo encantamento de uma legítima celebração da cultura brasileira. Uma experiência originalmente nossa, única, que só é possível viver aqui – e isso é um forte atributo de competitividade”, avalia Lages.

O estado do Rio de Janeiro é tradicionalmente o principal destino nacional da folia. Juntos, a capital e os municípios fluminenses de Búzios, Cabo Frio, Petrópolis, Angra dos Reis e Paraty devem atrair 1,3 milhão de turistas para os 456 blocos de rua, desfiles no sambódromo e outras festas de Momo, de acordo com projeção do Ministério do Turismo. Os gastos no Rio de Janeiro estão estimados em R$ 1,2 bilhão. 

Em São Paulo, o segundo estado mais procurado para as festividades de Carnaval do país, 989 mil turistas são aguardados, segundo o MTur. Os principais polos receptores de visitantes são, além da capital, Santos Guarujá, Ubatuba e Ilhabela. O impacto econômico local da festa popular, estimado pelo Ministério do Turismo, é de R$ 970,4 milhões.

Em Pernambuco, mais de 871 mil turistas são aguardados, segundo o MTur. Os principais polos receptores de visitantes são, além da capital, Recife, Olinda, Cabo de Santo Agostinho e Porto de Galinhas. O impacto econômico local da festa popular, estimado pelo Ministério do Turismo, é de R$ 858 milhões.

Na Bahia, a estimativa é de que 707 mil turistas visitem as cidades de Salvador, Porto Seguro, Trancoso, Arraial D'Ajuda e Sauípe este ano. O fluxo de turistas deve movimentar cerca de R$ 697 milhões na economia do estado, ante R$ 639 milhões em 2014.

Em Minas Gerais são aguardados 195 mil turistas, que devem desembolsar R$ 193 milhões no período, com gasto por pessoa estimado de R$ 991. O número é maior do que o registrado em 2014, quando 190 mil turistas gastaram R$ 177,1 milhões nos destinos de Belo Horizonte e cidades históricas, como Mariana e São João del-Rei.

Os principais destinos de Santa Catarina devem atrair 184,5 mil turistas, o que representa um gasto de R$ 182 milhões. Os números superam o do ano passado, quando as cidades de Florianópolis, Balneário Camboriú, Garopaba e Joinville atraíram 180 mil turistas, que gastaram R$ 167,3 milhões.

No Ceará, quase 143 mil turistas são aguardados para a festa, segundo o MTur. Os principais polos receptores de visitantes são, além da capital, Aquiraz, Aracati e Jericoacoara. O impacto econômico local da festa popular, estimado pela Pasta, é de R$ 140 milhões.