Consumidor terá mais tempo para decidir como usar seus pontos

Quem comprou um voo com milhas e, por causa da pandemia do coronavírus, não poderá embarcar, pelo menos ganhou mais tempo para decidir como utilizar seus pontos acumulados.

Alguns programas de fidelidade estão anunciando prorrogações no prazo de vencimento das milhas e no status do passageiro, para que os benefícios não sejam perdidos durante a crise da Covid-19, que impede as viagens.

Vale lembrar que quem comprou passagens utilizando milhas não é beneficiado pelo acordo feito entre as companhias aéreas brasileiras e o Ministério Público, que permite a alteração gratuita de passagens que teriam embarque entre 1º de março e 30 de junho. Assim, é preciso seguir as condições gerais de cada companhia.

LATAM PASS

O Latam Pass, programa de fidelidade da Latam, anunciou que quem pediu o reembolso de passagens compradas por pontos que estariam para expedir, ganha mais seis meses de validade em suas milhas. A medida começou a valer na sexta (27).

A empresa também afirmou que fez a requalificação do status dos seus clientes na quarta (1º), com base nos voos realizados entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro daquele ano, mas que as novas categorias serão mantidas até 31 de março de 2022.

Os consumidores que compraram voos da empresa usando pontos do Latam Pass devem seguir as orientações para os voos da Latam.

Em voos comprados até 18 de julho deste ano, é possível remarcar a viagem uma vez, sem custos, para até um ano a partir da data da compra da passagem original ou pedir a conversão do valor do bilhete em créditos, para serem usados também dentro de um ano a partir da data da compra.

TUDOAZUL

Quem tem milhas no programa TudoAzul, da Azul, ganhou um pouco mais de tempo para gastá-las. A empresa afirma que os pontos com vencimento entre 1º de abril e 29 de junho agora vencerão em 30 de junho.

Passagens compradas em pontos com a empresa seguem as mesmas regras de adiamento e reembolso da Azul: nos bilhetes comprados para embarcar até 30 de novembro, é possível pedir a alteração do voo, desde que a nova viagem ocorra também até 30 de novembro.

No caso dos voos domésticos, é cobrada a diferença tarifária entre a data antiga de embarque e a nova.

Outras opções são cancelar a passagem e deixar o valor como crédito para voos da Azul, ou pedir o reembolso, que será efetuado em até 12 meses. O reembolso é integral se o voo tiver sido cancelado ou alterado. Caso contrário, podem incidir taxas.

SMILES

A Smiles, programa de fidelidade da Gol, prorrogou a validade das categorias dos seus clientes dentro do programa. O status atingido em 2020, com base nos pontos acumulados em 2019, valerá até 2022.

Clientes da Smiles que haviam comprado voos da Gol com seus pontos, para embarcar até 30 de setembro, podem pedir o cancelamento dos bilhetes, sem taxas, diretamente com a Smiles. O mesmo vale para quem teve seu voo cancelado pela própria companhia aérea.

Já se os voos eram com companhias parceiras, como American Airlines, Air France, Tap, Emirates e outras, é preciso seguir a política de alteração e cancelamento de cada empresa.

O programa afirma que quem tem milhas para vencer em breve pode utilizá-las para comprar outros produtos que não passagens aéreas.

Os clientes também podem usar as milhas atuais para comprar passagens para voar em até 330 dias.

LIVELO

O programa de fidelidade Livelo cancelou as compras de viagens de clientes que embarcariam em destinos internacionais entre 25 de março e 10 de abril, e em destinos nacionais de 24 de março a 30 de abril, e converteu o valor integral da compra em créditos. A partir de 4 de maio, os clientes poderão usar os créditos para remarcar as viagens.

A empresa afirma que está entrando em contato com todos os clientes que se encaixam nessas medidas.

Para as viagens que não iriam ocorrer entre essas datas, valem as políticas de cancelamento e alteração de cada empresa.

A Livelo também vai prorrogar a validade dos pontos usados por quem teve a compra de um bem ou serviço cancelada por causa da pandemia.
Com informações do Jornal Folha de São Paulo