Apesar da alta do dólar, especialistas reforçam manter os planos de estudar fora,com planejamento financeiro

 A valorização do dólar americano frente ao real nas últimas semanas já vem mudando o cenário de viagens entre os brasileiros, especialmente quem deseja passar uma temporada estudando no exterior. Seja alterando o destino, optando por um tipo de acomodação mais em conta ou flexibilizando o tempo de viagem, com planejamento financeiro e atenção à forma de contratar a viagem, é possível realizar o sonho de estudar fora, em cursos de curta duração que podem ser realizados durante as férias, sem comprometer o orçamento familiar.

De acordo com a Renata Bueno, gerente de produtos da Experimento Intercâmbio Cultural, os programas estão mais acessíveis ao bolso do brasileiro, com opções de cursos com acomodação que custam a partir de US$ 700 por pessoa e que podem ser parcelados. 

Este comportamento mostra que, apesar da disparada do dólar nas últimas semanas, hoje sendo cotado a quase R$ 4, o setor de intercâmbio tem se reinventado para inserir o curso na cesta de consumo do brasileiro. Para ajudar ainda mais no planejamento financeiro dos viajantes, a Experimento elencou nove dicas de como estudar no exterior com o dólar em alta. Veja abaixo:

PLANEJE A VIAGEM

O segredo do intercâmbio é o planejamento e, por isso, é importante pesquisar cursos e destinos que são mais acessíveis financeiramente do que outros, fazendo com que o sonho caiba no bolso. Fazendo a matrícula com antecedência, além de aproveitar promoções, o estudante pode escolher uma forma de pagamento mais acessível. 

COMPRE A MOEDA AOS POUCOS

Ficar sempre de olho no câmbio e adquirir um pouco de moeda sempre que a cotação diminuir vai ajudá-lo a diluir na média do período a desvantagem das cotações mais altas. Essa dica exige do viajante uma atenção diária aos movimentos do dólar ou euro (ou qualquer outra moeda), entretanto, há inúmeros sites na internet que poderão lhe auxiliar nesta busca.

OLHO NO TIPO DE ACOMODAÇÃO

Para quem vai estudar no exterior, hospedar-se em casas de família é uma das opções mais econômicas e, de quebra, o estudante tem mais chances de treinar o idioma e interagir com a família que o acolhe. As residências estudantis também são uma ótima opção de hospedagem, ainda mais se o estudante optar por dividir o quarto com um colega de estudo, ao invés de ficar em quarto privativo. Além disso, em algumas acomodações, o estudante ainda pode preparar as refeições in house, economizando também na alimentação.

“GARIMPE” AS PASSAGENS AÉREAS

É só o dólar subir que as companhias aéreas iniciam uma série de promoções para facilitar o planejamento do viajante. Por isso, a dica é ficar atento e pesquisar bastante antes de fechar os bilhetes aéreos. Muita gente não sabe, mas quem está matriculado ou pensa em fazer um curso no exterior pode aproveitar algumas condições especiais na hora de comprar suas passagens internacionais.

ESCOLHA DO DESTINO: FOQUE EM PAÍSES ECONÔMICOS

Pensar em economia com o dólar a quase R$ 4 reais pode ser até difícil, mas não é. Verificar a relação custo e benefício de cada cidade no exterior é importante antes de fechar o destino. De acordo com um recente levantamento feito pela Experimento no início deste mês, muitos clientes da agência tem optado por destinos onde a moeda local não sofreu grande valorização, como é o caso de Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e a Ilha de Malta.

SEJA FLEXÍVEL NAS DATAS

Ao planejar a viagem fique atento as possibilidades de datas da viagem. Viajar para o exterior na baixa temporada, isto é, no período que vai de setembro a dezembro e de fevereiro a meados de junho são ótimas opções. Outra possibilidade é poder conciliar a viagem de férias com uma ou mais semanas de estudo e prática de um idioma no exterior.

EVITE GASTOS EXTRAS NO CARTÃO DE CRÉDITO

Em períodos de dólar instável, usar o cartão de crédito no exterior pode gerar surpresas no fechamento da fatura. Preferira adquiri os cartões pré-pagos, com dólar pago antecipadamente e, não deixe de controlar os gastos. 

DÁ PARA ESTUDAR E TRABALHAR

Se a ideia é fazer um curso de média ou longa duração, por exemplo, a dica é optar por localidades onde é possível aos brasileiros trabalharem legalmente, como a Irlanda, a Austrália e a Nova Zelândia. Atualmente, não apenas os estudantes buscam essa alternativa de intercâmbio, como também jovens profissionais em busca de uma melhor qualificação profissional ou de um período sabático com novas experiências de vida em outro país.

VIVA A CIDADE COMO UM MORADOR LOCAL

Quanto mais tempo você puder ficar num destino, mais barato ele se torna. Além de você entender melhor o funcionamento da cidade, você ainda poderá utilizar do transporte público – sempre indicado para ajudar a diminuir os custos com deslocamentos – aos invés do táxi ou outros aplicativos de transporte, como o Uber.