Inaugurado em 1972, o empreendimento que leva a assinatura de Oscar Niemeyer em seu projeto, se destaca por ser referência de estilo e luxo
Nesta quarta-feira, dia 1º de julho, comemora-se o Dia Mundial da Arquitetura. E o Hotel Nacional, referência da arquitetura vanguardista, pode ser uma excelente oportunidade para se aproveitar a data e fazer um mergulho para conhecer um pouco mais sobre essa obra, tão importante para a história e a arte da cidade do Rio de Janeiro. O empreendimento também se abrilhanta pela sua história, que se mistura a da sua cidade natal e mostra a força da hotelaria brasileira. Prova disso é que o Hotel Nacional foi tombado como Patrimônio da Humanidade em 1998.
O autor desse grandioso projeto, o Hotel Nacional, foi o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer (1907-2012), que possuía um estilo moderno e atemporal. Ele assina mais de 600 obras pelo mundo e em cada uma delas mostra para o público e admiradores do seu trabalho sua genialidade. Entre as principais características de seus projetos está o uso do concreto, vidro, curvas e vãos livres.
Todo seu paisagismo tem a chancela de Burle Marx, considerado um dos principais paisagistas do século. Fundado em 1972, pelo empresário José Tjurs, o local logo se tornou um centro cultural da cidade.
Entre 2015 e 2016, o escritório carioca de arquitetura VOA, esteve à frente de uma das maiores reformas do hotel. Na oportunidade, houve a revitalização da fachada, suítes, restaurantes e do bar do rooftop. A arquiteta e decoradora Débora Aguiar projetou o lobby, o lounge, o bar da piscina, o restaurante e a área externa do prédio. Os ambientes receberam um tom mais acolhedor e curvas, que conduzem o olhar para a paisagem exuberante ao redor. Tais formas fazem referência ao mar, aos peixes e às caudas das sereias. Mesmo após a reforma, algumas características típicas da arquitetura original foram mantidas, tais como o vão livre do amplo lobby sem pilares de sustentação, a laje recortada, a piscina arredondada e as escadas e rampas curvas.
No total, o empreendimento possui 125 mil m², distribuídos em 34 andares, com 413 apartamentos que tem vista para a Praia de São Conrado, o Morro Dois Irmãos, a Pedra da Gávea e a Pedra Bonita. Além da arquitetura e do paisagismo, o hotel ainda é conhecido pelas obras de arte que acolhe. Entre os exemplos estão a escultura Sereia, de Alfredo Ceschiatti, o candelabro de Pedro Correia de Araújo e um painel de Carybé, composto por 300 peças de concreto.
Para a gerente comercial do Hotel Nacional, Ingrid Videira, o mês de julho, quando se celebra o Dia Mundial da Arquitetura, é uma oportunidade para conhecer e atestar esse monumento herdado com os dons de Oscar Niemeyer. O Hotel Nacional é um ícone da cidade. Um prédio emblemático por sua forma cilíndrica inovadora e à frente do seu tempo. Os seis mil metros de vão sem colunas, que tem fim no mar de São Conrado, encantam quem chega ao seu lobby. As diversas obras de arte presentes, que estão à disposição de todos para apreciação em nosso hotel, são um presente. Enfim, um local de contemplação e para se conhecer um pouco da história da arquitetura e da arte brasileira, reflete.
Vale ressaltar que para quem deseja visitar ou se hospedar no Hotel Nacional, isso já é possível. O empreendimento tem seguido à risca um rigoroso protocolo desde a assepsia às orientações de seu público e colaboradores para evitar a disseminação da Covid-19 em suas dependências.