Gerente de Sustentabilidade e Ações Climáticas, Saulo Rodrigues, afirmou que é preciso “transformar todo o discurso sobre sustentabilidade em realidade”; evento acontece até o próximo dia 17 de dezembro, em Brasília

Com o painel “Sustentabilidade e Ações Climáticas no Turismo Internacional”, o gerente de Sustentabilidade e Ações Climáticas da Embratur, Saulo Rodrigues, abriu a programação do Núcleo do Conhecimento da sétima edição do Salão do Turismo. Após 11 anos sem atividades, o evento acontece em Brasília, entre os dias 15 e 17 de dezembro. O encontro, realizado pelo Ministério do Turismo (MTur), em parceria com a Embratur e o Sesc, tem a finalidade de contemplar a maior diversidade de destinos e atrativos turísticos que o Brasil possui, os quais serão apresentados pelos governos locais e pelas mais importantes empresas do trade turístico nacional, em diversos estandes.

Para o painel, a Embratur levou um pouco das ações já realizadas pela Agência que, em 2023, priorizou ações voltadas à sustentabilidade e com um olhar mais atento às ações climáticas em seu planejamento. Critérios de sustentabilidade nas obras físicas da sede da Embratur, novo conceito da gestão e tratamento dos resíduos, estratégias ESG, a adoção de novas práticas em relação ao uso do plástico único nas atividades internas e a descarbonização de famtours e press trips foram algumas das medidas adotadas pela Embratur na nova gestão.

No Salão do Turismo, o gerente de Sustentabilidade e Ações Climáticas, Saulo Rodrigues, afirmou que o tema é prioridade nas políticas públicas.

“O nosso objetivo final é transformar todo o discurso sobre sustentabilidade em realidade. A sustentabilidade hoje é um atributo do desenvolvimento que surge na Rio 92. Desde então, todos perseguem e precisam pensar nisso como política pública, de sustentabilidade, ambiental, econômica, cultural e ultimamente, pelos eventos que resultaram em uma crise climática. 2023 foi o ano mais quente dos 120 mil anos e a grande causa é o aquecimento pelo efeito estufa. A crise climática está dominando o debate da sustentabilidade”, ressaltou.

No turismo, uma das metas da Embratur é descarbonizar definitivamente o setor por meio, por exemplo, das viagens de familiarização (famtour) e press trips com a intenção de promover o Brasil para o exterior. Priorizar um turismo sustentável, segundo Saulo Rodrigues, é uma meta da Embratur e do MTur.

“Embratur e Ministério do Turismo precisam caminhar juntos nessa pauta. Embora cada um tenha uma estratégia distinta da outra, são pautas absolutamente complementares. Não teremos sucesso atuando de forma isolada”, completou.

Segundo a diretora do Departamento de Qualidade, Sustentabilidade e Ação Climática do Ministério do Turismo, Renata Sanches, um dos desafios do turismo sustentável e responsável é a capacitação, sobretudo para a realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que será em 2025, em Belém (PA).

“Temos um enorme desafio em capacitar tanto os turistas como os destinos. Para a COP 30, por exemplo, precisamos preencher diversos requisitos como conectividade de internet, adaptação e flexibilidade cultural, segurança; e para isso acontecer, precisamos de capacitação de pessoal”, reforçou. 

Além da capacitação, segundo Sanches, a conservação dos recursos naturais, a manutenção e a garantia de inclusão das comunidades locais são outros desafios de um turismo sustentável e responsável.