Editorial escrito pelo jornalista Claudio Magnavita
É preciso acender o sinal de alerta para proteger o sistema de Conventions & Visit Bureau no Brasil. No processo de retomada eles serão instrumentos fundamentais para reconstrução dos destino.
No Rio, o segundo convention do país, uma parte substanciosa da sua receita é oriunda do room-tax. Cobre boa parte do seu custo operacional e é complementado pela mensalidade dos seus mantenedores.
Sem hospedes e com os hotéis fechando esta receita evaporou, por outro lado, os próprios mantenedores estão perdendo a capacidade de manter em dia as taxas de manutenção.
O grande perigo é começar a perder os talentos que estão abrigados nos quadros funcionais da instituição, que dificilmente poderão ser substituídos com a velocidade que a retomada exige.
Esta na hora dos Governos Estaduais e Municipais fortalecerem os seus conventions, garantir um aporte emergencial para que estas estruturas não esfacelem. Esta é uma preocupação que deve ser levada também ao Governo Federal e sensibilizar o Ministério do Turismo para criar instrumentos de apoio.
Como são fundações e não possuem acionistas ou proprietários os Convetions estão agora entregue a própria sorte. Quem garantiu um lastro financeiro como é o caso de São Paulo e em parte o do Rio estão habilitados para uma travessia com menos riscos, porém com variáveis assustadoras.
Cabe hoje ao estado zelar por estas instituições e garantir o apoio a esta ferramenta profissional que tanto contribuiu e que tanto contribuirá na hora da reconstrução. A preocupação maior deve ser manter os talentos e preservar toda uma inteligência de mercado que não podemos perder.
*Cláudio Magnavita é membro do Conselho Nacional de Turismo e ex-diretor do Rio Convention & Visit Bureau