Segundo a associação, setor deve queimar US$ 61 bilhões no 2T
As companhias aéreas ao redor do mundo deverão gastar US$ 35 bilhões em reembolsos a passageiros afetados pelo coronavírus. A estimativa é da IATA, a associação global do setor. A conta inclui as compensações previstas em lei, como por cancelamento de voos em virtude de barreiras sanitárias impostas por diversos países, inclusive o Brasil, ou por desistência dos viajantes.
Na semana passada, a associação estimou em US$ 252 bilhões a perda de receitas do setor em 2020 por causa do coronavírus. A previsão é bem mais pessimista que a do início de março: US$ 113 bilhões. Por ora, a IATA não abriu as projeções de perdas específicas das companhias aéreas brasileiras.
Desde o início da epidemia, companhias aéreas ao redor do mundo cortaram drasticamente os voos. No Brasil, Gol, Azul e Latam reduziram em média 60% das operações em março.
Com receitas em queda livre e ao mesmo tempo pagando custos fixos como combustível, salários, manutenção de aeronaves e impostos – além dos reembolsos aos passageiros –, as companhias aéreas no mundo devem queimar US$ 61 bilhões em caixa no segundo semestre de 2020, segundo a associação das aéreas. No mesmo período do ano passado, o setor lucrou US$ 3 bilhões. “É uma situação de crise acima de qualquer cenário já visto pela indústria da aviação civil no passado”, disse Alexandre de Juniac, presidente da IATA, em videoconferência a jornalistas na manhã de terça-feira (31).
Com informações do Jornal O Globo