"Viver sem fronteiras, construindo juntos o Bem-Receber" resgata a esperança por meio da recolocação no mercado de trabalho
Em evento realizado nesta semana, no Blue Tree Premium Paulista, na cidade de São Paulo (SP), a rede Blue Tree Hotels comemorou a formatura da primeira turma que participou do programa para refugiados “Viver sem fronteiras, construindo juntos o bem-receber”. Durante dez dias, Mariela Gonzalez, Deidsmar Dominguez, Carmen Liduvini, Marisela Rodriguez, Osmeris Marcano, todos da Venezuela, e Yaspe Lutonadio, da República Democrática do Congo, tiveram aulas práticas e teóricas sobre questões sociais e corporativas, e irão compor o quadro de colaboradores dos hotéis.
O programa foi idealizado por Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels, e conduzido pela coordenadora de Operação da rede, Luciana Fagundes, responsável pelo desenvolvimento do comitê interno, e contou com apoio de instituições parceiras, como o Grupo Mulheres do Brasil, ACNUR, PARR, Caritas, Instituto Venezuela e Estou Refugiado. As ações de capacitação contaram com a elaboração de uma ampla grade de estudos, com conteúdos relacionados à cultura, valores, missão e apresentação pessoal, além de exercícios direcionados para a função de governança. Os participantes puderam acompanhar palestras com Francisco Dalsenter, sob o tema “em busca da felicidade”, dinâmica sobre “temperamentos”, monitorada pelo Grupo Netas, e treinamento de postura e empregabilidade, aplicados pela Fox Time.
“A Alma Blue Tree é fazer o bem. Este é o nosso DNA. O programa foi todo planejado sob os pilares do bem-receber, bem-servir e bem-cuidar, conforme rege a Alma Blue Tree em todas as unidades da nossa rede”, destacou Chieko Aoki, presidente da Blue Tree Hotels. A executiva ressaltou, ainda, a importância de praticar atitudes que criem e fortaleçam laços e conexões. “A gente está na hotelaria para cuidar das pessoas. Cuidamos dos clientes, da nossa equipe e todos os demais envolvidos no dia a dia das nossas operações”, completou.
Ainda na ocasião, foi apresentado um painel sob a temática “Inclusão Social”, com as participações de Fernanda Mari, gerente de Experiência do Empregado, da Mapfre Seguradora, Thamara Alencar, analista de Recursos Humanos, da Sodexo, e Laura Ricarte, assistente de Responsabilidade Social. Mediado por Eliane Franco, líder do comitê Inserção de Refugiados, do Grupo Mulheres do Brasil, o bate-papo abordou as vantagens de contratar colaboradores refugiados, além de esclarecer dúvidas sobre processos e questões burocráticas, como a validação do diploma universitário no Brasil.
Segundo dados divulgados no mês de julho pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), na 4ª edição do relatório “Refugiados em Números”, o Brasil reconheceu, apenas em 2018, um total de 1.086 refugiados de diversas nacionalidades. E para que possam receber os novos colegas, os funcionários da rede também passaram por treinamentos específicos. “Esse programa tem apresentado histórias que nos enchem de orgulho, como no caso de uma colaboradora da unidade Morumbi, em São Paulo, que começou trabalhando na governança, e foi promovida para a recepção”, destacou Chieko.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o ano de 2018 foi o maior em número de solicitações de reconhecimento de condição de refugiado. Isso porque o fluxo venezuelano de deslocamento aumentou exponencialmente. Atualmente, cerca de 11.231 pessoas são reconhecidas como refugiadas pelo Brasil. Os Estados com mais solicitações em 2018 são Roraima (50.770), Amazonas (10.500) e São Paulo (9.977).