O turismo brasileiro não tem memória. As pessoas agem como se tivessem memória RAM. Dormem e quando acordam é como se tudo tivesse começado de novo. Não existe passado. Está semana dois fatos me levaram a refletir sobre o assunto. Estou em Portugal para acompanhar a BTL e as comemorações dos 70 anos da TAP.
No facebook, vi uma postagem do Philip Carruthers que falava sobre os seus 50 anos na hotelaria e dando o link do seu blog onde registrava o primeiro dia de trabalho em 01 de março de 1965. Fui conferir!!! E encontrei o mais extraordinário relato que já li sobre a trajetória de um profissional de turismo. Foi leitura compulsiva do primeiro ao ultimo capítulo.
O turismo brasileiro não tem memória. As pessoas agem como se tivessem memória RAM. Dormem e quando acordam é como se tudo tivesse começado de novo. Não existe passado. Está semana dois fatos me levaram a refletir sobre o assunto. Estou em Portugal para acompanhar a BTL e as comemorações dos 70 anos da TAP.
No facebook, vi uma postagem do Philip Carruthers que falava sobre os seus 50 anos na hotelaria e dando o link do seu blog onde registrava o primeiro dia de trabalho em 01 de março de 1965. Fui conferir!!! E encontrei o mais extraordinário relato que já li sobre a trajetória de um profissional de turismo. Foi leitura compulsiva do primeiro ao ultimo capítulo.
Outros profissionais de turismo, especialmente da hotelaria deveriam ser estimulados a contarem a sua história. No texto do Carruthers, sempre na primeira pessoa é possível passear nos bastidores da história do turismo e da hotelaria brasileira em especial a carioca.
O relato do seu período de estágio no Othon, começando como peão de cozinha, passando pela lavanderia, governança, Front desk é uma narrativa das funções importantes da hotelaria que geralmente são ignoradas. Deliciosas também são as histórias da sua infância no interior de Pernambuco, na Inglaterra e na vida estudantil.
O texto é delicioso e verdadeiro. É possível ouvir a voz do próprio Philip narrando cada aventura. Para quem trabalha com hotelaria e turismo é leitura realmente obrigatória. É também um testado de gestão empresarial. A parte relativa ao Copacabana Palace, os bastidores do grupo Orient Express são de uma franqueza absoluta. É possível construir um mosaico do grupo hoteleiro que revolucionou a hotelaria de luxo no mundo.
A perspectiva histórica desta obra é única. Poucos executivos tiveram a coragem de abrir o seu coração desta forma e narrar de forma tão verdadeira a sua experiência.
Encontrar este texto no dia que Carruthers completa 50 anos de hotelaria e exatamente no dia em que o Rio completa 450 anos não deve ser apenas coincidência. O seu primeiro dia de trabalho foi exatamente no dia do quarto centenário. Em 50 anos o Rio mudou. O turismo mudou e está tudo lá. Os ciclos da hoteleira brasileira, o crescimento do turismo e a forma original da narrativa, feita por aquele que comandou -e fez- o maior hotel do país, tem que virar um livro. Deixar de está no mundo digital e ganhar as páginas da história. Este é o melhor presente que pode ser dado ao Rio. O curioso é que está trajetória de Philip mereceu no Jornal de Turismo um registro de capa feita pelo meu tio Araújo Castro, que ficou fascinado pela trajetória de Carruthers e pelo período de estágio que fez ao entrar na carreira.
O endereço do blog é: http://philip-gooddaysunshine.blogspot.com.br/?m=1
Como homenagem a estes 50 anos de hotelaria gostaria de compartilhar o capítulo no qual ele conta o seu primeiro dia de trabalho. Vale apena conferir. Parabéns Philip por 50 anos de hotelaria e principalmente parabéns por compartilhar com todos nos está experiência de vida fantástica!
Uma boa leitura:
DAY ONE
Por Phillip Carruthers (publicado em 01 de fevereiro de 2011)
http://philip-gooddaysunshine.blogspot.com.br/2011/02/historias-de-uma-carreira-hoteleira-1.html?m=1
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