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A Prefeitura de São Paulo ofereceu a blocos de Carnaval a proposta de organizar desfiles nas ruas em 16 e 17 de julho. A ideia foi apresentada nesta quarta-feira (20) por meio da Secretaria Municipal de Cultura, em reunião com representantes de 11 coletivos.
O projeto, encabeçado pela secretária Aline Barros, ainda depende da adesão dos grupos.
Às vésperas do feriado de Tiradentes, quando escolas de samba desfilarão no Anhembi com autorização, mas blocos não conseguiram aval da gestão municipal, o encontro entre prefeitura e organizadores foi convocado para tentar um acordo de última hora para os cortejos nos próximos dias.
Apesar da ideia de promover festa nas ruas em julho, apresentada sob o nome de "Esquenta de Carnaval", parte dos blocos mantém a ideia de sair no feriado prolongado.
Se aprovada a proposta, o fim de semana de 16 e 17 de julho funcionará na prática como um terceiro Carnaval para São Paulo em 2022. No período tradicional, em fevereiro, apesar da proibição, alguns grupos se reuniram nas ruas. O "segundo Carnaval", no Tiradentes, terá também desfiles de escolas de samba no Rio de Janeiro.
Na reunião, a secretaria pediu para que os blocos que pretendem desfilar entre esta quinta-feira (21) e o domingo (24) ao menos informem às subprefeituras o local e o horário planejados, para que uma limpeza nas ruas seja feita no final das atividades.
Aline Barros afirma que a prefeitura está "no escuro" e não sabe quantos blocos irão para as ruas para organizar essas ações. A gestão teme caos com desfile sem banheiro nem estrutura de segurança.
A gestão Ricardo Nunes (MDB) vem afirmando nas últimas semanas que a prefeitura não tem condição de organizar o Carnaval de rua na capital neste feriado de Tiradentes.
Lira Alli, representante do Arrastão dos Blocos, afirmou que vai repassar o pedido para outros coletivos, mas não sabe se todos vão informar às subprefeituras a realização, por medo de represálias.
Alli diz ter conhecimento de que aproximadamente 50 blocos, de todas as regiões da cidade, com até 500 pessoas, vão desfilar no feriado prolongado.
Os blocos, segundo os coletivos, não terão carros de som.
Parte dos blocos de Carnaval tem organizado uma programação independente para sair às ruas em São Paulo durante o feriado de Tiradentes, apesar do cancelamento do calendário oficial.
Sem apoio da prefeitura, que afirma não ter tempo hábil para estruturar os desfiles, organizadores utilizam grupos de mensagens para definir listas de horários e locais dos cortejos.
Por enquanto, poucos blocos divulgam abertamente a programação, caso do bloco Feminista, que vai sair na sexta-feira (22) e, para isso, está fazendo uma vaquinha online para arrecadar R$ 7.500, referente ao custo do cortejo.
Outro que já declarou que vai sair é o bloco do Fuá, programado para tarde de sábado (23), no Bexiga, na região central. "Temos o direito à livre manifestação, as ruas são do povo", diz Marco Ribeiro, organizador do bloco do Fuá. "Somos um bloco comunitário e sairemos com uma pequena estrutura de som e bateria."
Em posts nas redes sociais, o Te Pego no Cantinho marcou o cortejo para domingo (24), no Butantã, na zona oeste. O Unidos do Swing anunciou cortejo para o mesmo dia na avenida Paulista.
A programação não oficial está em contato com vendedores ambulantes para evitarem a venda de bebidas em garrafas e também com coletivos de catadores de materiais recicláveis.
A divulgação das datas e locais não estão sendo divulgadas nas redes sociais para evitar reações da prefeitura. Por isso, informações sobre as festas de rua devem se concentrar em listas de transmissão de WhatsApp.
Em nota, a prefeitura afirmou que "está empenhada em encontrar uma data consensual com tempo hábil para planejar o evento" e reiterou que o Carnaval de rua exige planejamento extenso, o que inclui alterações no trânsito e no transporte público, infraestrutura, policiamento e serviços médicos.
"É impossível realizar o Carnaval de rua sem um grande esforço de organização, que garanta a segurança dos participantes e dos foliões", disse a gestão municipal na nota.
Os blocos recorreram à Defensoria Pública para obter respaldo jurídico e evitar dispersões violentas e demais sanções do poder público.
No último dia 12, o órgão formalizou pedido para que a prefeitura e o comando da Polícia Militar não usem força para dispersar os blocos que desfilarem durante o feriado de Tiradentes.
A prefeitura afirmou não ter sido notificada sobre o ofício e não comentou o pedido. A Secretaria de Segurança Pública deu a mesma resposta.
O feriado de Tiradentes se tornou a data oficial do Carnaval atípico após dois anos de pandemia porque coincide com a data dos desfiles das escolas de samba no sambódromo.
Para os organizadores, o Carnaval de rua representa uma manifestação cultural, garantida pela Constituição Federal, e por isso, não precisa de uma autorização formal da prefeitura para ocorrer.
O decreto que passou a regulamentar o Carnaval de rua em São Paulo foi publicado em 2017, quando o ex-prefeito João Doria (PSDB) decidiu dispersar pela cidade os cortejos que se concentravam na Vila Madalena e em Pinheiros.
Moradores desses bairros se mobilizaram contra os problemas decorrentes da festa nas ruas, como excesso de lixo, barulho na madrugada, furtos e dificuldade na dispersão do público. Policiais militares usaram bombas de efeito moral para dispersar foliões que se recusavam a deixar as ruas.
Dois anos depois o decreto foi revogado pelo ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), que determinou as regras atuais do Carnaval de rua.
Neste ano, os blocos e a prefeitura estão diante de um impasse. Uma reunião realizada no último dia 8 de abril no CCSP (Centro Cultural de São Paulo) terminou de forma agitada e sem acordo entre as partes.
De um lado, a gestão municipal reiterou que não há tempo hábil para organizar a festa de rua. De outro, representantes de blocos afirmaram que os cortejos, em menor quantidade, estão mantidos mesmo sem apoio da prefeitura.
Além do bloco do Fuá, a reportagem entrou em contato com outros dez blocos de rua de São Paulo. A maioria informou que optou por não ir para a rua neste feriado, caso do Ritaleena, Esfarrapado, Galo da Madrugada, Bloco do Sargento Pimenta, Cecílias e Buarques e o Meu Santo É Pop.
Outros, apesar de não saírem às ruas, aproveitam a movimentação para anunciar festas fechadas marcadas para o feriado e para outras datas, como o Minhoqueens, Domingo Ela Não Vai e o Tarado Ni Você.
O bloco Jegue Elétrico e o Charanga do França sinalizaram a intenção de sair às ruas, mas devem decidir isso nos próximos dias, segundo os organizadores.
A CCXP anunciou nesta terça (12) a data em que se iniciam as vendas dos ingressos para sua primeira edição presencial, desde o início da pandemia de coronavírus no Brasil, em 2020. O público geral poderá adquirir os ingressos a partir do dia 5 de maio, às 15h.
O público poderá escolher entre quatro formas de credenciais, sendo elas: ingresso diário, pacote de quatro dias, Epic Experience ou Full Experience. Quem se interessar em conhecer os bastidores do festival, palestrar e encontros com os principais nomes do mercado do entretenimento podem comprar o Unlock CCXP.
Os preços das entradas inteiras variam entre R$ 240 e R$ 12 mil. Já clientes do banco Santander terão acesso a um lote especial de ingressos, o qual as vendas se iniciam no próximo dia 26 e dá 30% de desconto na compra da entrada inteira. Além disso, os clientes do banco terão acesso a um grupo no Telegram, que terá anúncios do evento em primeira mão.
Os ingressos do pacote Full e Unlock possuem número reduzido de ingressos e, segundo comunicado, não estarão disponíveis neste primeiro momento de venda de 2022. O evento acontecerá dos dias 1 a 4 de dezembro, no São Paulo Expo.
O evento também apresenta a modalidade de meia-entrada social. Para adquirir o pacote, será necessário entregar na entrada do festival 1kg de alimento não perecível, que serão distribuídos entre ONGs de assistência social. Confira o preço dos ingressos:
Dia 1 (quinta-feira): R$ 120 (meia), R$ 150 (social), R$ 240 (inteira)
Dia 2 (sexta-feira): R$ 160 (meia), R$ 190 (social), R$ 320 (inteira)
Dia 3 (sábado): R$ 230 (meia), R$ 260 (social), R$ 460 (inteira)
Dia 4 (domingo): R$ 230 (meia), R$ 260 (social), R$ 460 (inteira)
4 dias: R$ 620 (meia), R$ 670 (social), R$ 1.240 (inteira)
Epic: R$ 2.100
Full: R$ 12.000
Unlock: R$ 2.100
Por: Fábio Pescarini
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou nesta segunda-feira (11) que não impedirá ninguém de ir para as ruas, mas repetiu várias vezes que a gestão municipal não conseguirá organizar uma estrutura para desfiles de blocos de Carnaval no feriado de Tiradentes, quando ocorrem os desfiles das escolas de samba no Anhembi, entre os dias 21 e 23 de abril.
Na última sexta (8), uma reunião entre a prefeitura e representantes de blocos terminou de forma agitada, repentina e sem uma decisão sobre a realização do Carnaval de rua. Coletivos afirmaram que a festa está mantida, de forma reduzida, com cerca de 50 blocos.
No encontro de sexta (8), a secretária municipal de Cultura, Aline Torres, disse que a prefeitura iria oferecer aos blocos outras datas para o Carnaval de rua. Segundo ela, a proposta seria para maio, no fim de semana anterior e durante a própria Virada Cultural, ou em junho, menos no feriado de Corpus Christi, ou mesmo em julho, durante as férias escolares. "Mas não conseguimos, o debate foi muito politizado."
Torres e Nunes participaram na manhã desta segunda (11) de uma visita ao ao Museu Judaico de São Paulo, na Bela Vista, região central, quando falaram do Carnaval de rua.
Segundo o prefeito, não há mais tempo suficiente para publicar novo edital para contratação de patrocinador que banque a estrutura, como grades, montagens de tendas com serviços médicos e estrutura de trânsito, por exemplo.
Nunes lembrou que em fevereiro, quando a Vigilância Sanitária proibiu Carnaval na cidade por caso do avanço da variante ômicron do novo coronavírus, a prefeitura teve de cancelar um contrato de patrocínio de R$ 23 milhões, com uma cervejaria, para montagem da estrutura.
O prefeito afirmou ainda ter sido informado pela Polícia Militar que a corporação não consegue, em menos de 30 dias, organizar a transferência de PMs no interior para reforçar a segurança do Carnaval de rua, como feito em anos anteriores, quando a festa chegou a atrair, durante todo o período, cerca de 15 milhões de pessoas.
Questionada sobre como está a organização de segurança para possíveis desfiles de blocos de Carnaval no feriado de Tiradentes, a PM não respondeu até a publicação desta reportagem.
"É preciso ter bom senso para se definir o momento certo, que é aquele em que o poder público pode participar da organização", afirmou.
Na reunião de sexta (8), após as falas de secretários municipais, os coletivos voltaram a reafirmar que os blocos vão para a rua de qualquer forma.
"A gente não vai colocar vida em risco, não somos irresponsáveis", afirmou Lira Ali, integrante do Coletivo do Arrastão dos Blocos.
"Por favor, comprometam-se a não bater na gente, vocês são o poder público. O papel de vocês é garantir nosso direito, se a gente não tem direito de ser feliz, para que que vai viver?", questionou.
Segundo apurou a reportagem, líderes coletivos de blocos de rua iriam se reunir na noite desta segunda-feira para discutir as novas datas sugeridas pela prefeitura. Eles teriam ficado sabendo da proposta por meio da imprensa.
Depois de um ano e meio de abandono, a Cinemateca Brasileira reabre ao público no dia 13 de maio, com uma mostra de filmes do Zé do Caixão. A instituição volta a receber o público em sua sede, instalada no antigo prédio do Matadouro Municipal, na Vila Clementino, zona sul de São Paulo.
No primeiro dia do evento, será exibido o média-metragem inédito "A Praga", de 1980, restaurado e finalizado pelo produtor Eugenio Puppo, que encontrou as latas do filme perdidas no escritório do cineasta, quando organizava, em 2007, uma retrospectiva de José Mojica Marins. A mostra segue nos dias 14 e 15.
A Semana & Prêmio ABC 2022, de 25 a 28 de maio, também está na agenda do local.
Promovida desde 2002, a semana acontece anualmente e apresenta ao mercado, estudantes e trabalhadores do audiovisual novas tendências e novas tecnologias. Há também conferências, painéis e debates.
Estas são as únicas atividades programadas pela instituição, por enquanto.
Passados oito meses desde o incêndio que atingiu o depósito da Cinemateca Brasileira, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista, a instituição agora conta com 40 funcionários para diagnosticar os danos causados pela paralisação e retomar suas atividades integralmente.
A Cinemateca ficou 16 meses sem gestão direta e viu a demissão repentina do corpo técnico, fruto de um imbróglio envolvendo Ministério da Educação e Secretaria Especial da Cultura.
Repleta de materiais que demandam acompanhamento rotineiro, a paralisação pôs em risco importantes registros da história do audiovisual brasileiro.
*
CINEMATECA BRASILEIRA
Quando: A partir de 13/5
Onde: Largo Sen. Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, região sul
Link: https://www.cinemateca.org.br/
Por: Fábio Pescarini
Tentar agendar um horário em um posto da Polícia Federal para emissão de passaporte na cidade de São Paulo tem requerido doses de paciência e sorte. Isso quando o site informa a disponibilidade de vaga, o que tem sido raro.
A Polícia Federal responsabiliza a flexibilização nas restrições sanitárias da Covid-19 e a queda da cotação do dólar pela disparada na procura do documento por pessoas que pretendem viajar para outros países.
Com o problema, a PF afirma que pretende abrir ainda neste mês mais um posto na capital paulista. A ideia é aumentar em até 320 atendimentos por dia com a abertura de uma unidade no Santana Parque Shopping, na zona norte. Ainda não há data confirmada para a inauguração, mas o órgão diz que deverá ser em abril.
Atualmente, segundo a Superintendência da Polícia Federal paulista, são feitos 1.600 agendamentos para emissão de passaportes na cidade de São Paulo. O número, porém, não tem sido suficiente –a Grande SP é responsável por 14% deste tipo de atendimento em todo o país.
A Polícia Federal não dimensionou o tamanho da fila na cidade, mas diz que o sistema, que não está dando conta, é programado para disponibilizar agendamentos em até 90 (noventa) dias. "Infelizmente, as novas vagas não têm sido suficientes para suprir o grande número de interessados", afirma a PF.
"O cidadão que comprovar estar em situação de urgência ou de emergência será atendido", diz a Polícia Federal, em nota. Para isso, é necessário procurar um posto de atendimento munido de documentação que demonstre a necessidade extraordinária, como trabalho, estudo, saúde, ajuda humanitária, catástrofes naturais, ou situações que não poderiam ser previstas pelo interessado.
A PF de São Paulo orienta que as pessoas tentem a "xepa do passaporte", ou seja, que acessem o site para agendamento no fim da tarde quando há maiores chances de desistências e vagas eventuais podem ser abertas.
Mas nem todos têm sorte de ser premiado com uma desistência. A estudante Fabíolla Bonifácio Regonato, 20 anos, tentou durante quase dois meses conseguir uma vaga. Só no início da noite desta segunda-feira (4), ela conseguiu agendar atendimento para o próximo dia 20, em um posto da Mooca, na zona leste.
"Até então já havia acessado o site da Polícia Federal em todos os horários possíveis, inclusive, durante a madrugada, e nada", afirma. "Não tinha vaga me lugar nenhum na cidade", afirma ela, que também procurou postos na grande São Paulo.
Regonato conta que pagou a taxa de R$ 257,25 em um domingo (6 de fevereiro) e que uma mensagem no site da Polícia Federal indicou para que fizesse o agendamento no dia seguinte, quando o pagamento estaria comprovado, e que teria um prazo de 60 dias para conseguir o agendamento. Por isso, ficou com medo de perder o dinheiro.
A jovem, moradora em Santo André, no ABC, planeja visitar parentes em Boston, nos EUA, em 2023. Por isso, ela tenta solicitar seu passaporte para depois buscar o visto para entrar nos Estados Unidos.
Questionada se o problema se repete em postos no interior do estado, a PF em São Paulo não respondeu.
COMO SOLICITAR PASSAPORTE
- Documentação necessária
1.Documento de identidade
2. Passaporte anterior (caso tenha sido roubado ou furtado, deve ser apresentado boletim de ocorrência da Polícia Civil com a queixa)
3. Menor de 18 anos: autorização dos pais ou responsável (que também deve apresentar documento de identidade)
4. Foto facial 5 x 7 recente, sem data e com fundo branco
5. Quem teve alteração no nome é preciso apresentar certidão que demonstre todos os nomes anteriores e atual na solicitação do primeiro passaporte. Na do segundo em diante, certidão que demonstre todos os nomes adotados após a emissão do último passaporte pela Polícia Federal
6. Naturalizados: para primeiro passaporte, se a naturalização ocorreu antes de 21/11/2017, é preciso apresentar RG com portaria de naturalização ou Certificado Naturalização; após essa data, é preciso informar data de publicação da naturalização no Diário Oficial
Situação eleitoral: é preciso comprovar estar em dia com a Justiça Eleitoral
7. Comprovante de Serviço Militar (para homens que completem de 19 a 45 anos em 2022)
8. Comprovação da urgência: documentos que demonstrem a necessidade, seja ela de trabalho, estudo, saúde, ajuda humanitária, catástrofes naturais, situações que não poderiam ser previstas pelo titular etc.
Formulário
Preencher no site da Polícia Federal (https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-passaporte-comum-para-brasileiro)
Taxas
1. R$ 257,25 (comum para primeiro passaporte ou renovação)
2. R$ 334,42 (para casos de urgência)
3. R$ 514,50 (quando não se tem o passaporte anterior ou boletim de ocorrência)
Agendamento
Agendar pela internet (https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-passaporte-comum-para-brasileiro) um horário em posto da PF
Mais informações no site do governo federal (https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-passaporte-comum-para-brasileiro)
Fonte: Governo federal
Por: Isabella Menon
O Carnaval fora de época vai acontecer durante o feriado de Tiradentes, entre os dias 21 a 24 de abril. Durante estes dias, em São Paulo, acontecem desfiles das escolas de samba no sambódromo do Anhembi. Também foram anunciados blocos no vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, em um evento organizado pelo Acadêmicos do Baixo Augusta.
No Ibirapuera, na zona sul, a festa será celebrada pelo Carnaval Viva a Rua, realizado pelo coletivo Pipoca, e vai reunir nomes como Elba Ramalho, Monobloco, Orquestra Voadora, Geraldo Azevedo e Luedji Luna.
Mas, a cidade deve ter outras celebrações. É o que indica um manifesto divulgado, nesta segunda-feira (4), e assinado por seis coletivos de blocos de rua de São Paulo, são eles Abasp (Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo), Arrastão dos Blocos, Comissão Feminina, Fórum dos Blocos, Ubcresp (União dos Blocos de Carnaval de Rua do Estado de São Paulo) e Ocupa SP.
Ao todo, os grupos representam mais de 420 blocos da capital. Na carta, eles anunciam a intenção de ir para rua durante o feriado prolongado. "Nossa festa vai tomar forma e acontecer nas ruas, esquinas, vielas e praças de nossa cidade como sempre aconteceu."
No entanto, em nota, a prefeitura de São Paulo alega que o carnaval de rua foi cancelado no início do ano e o decreto permanece em vigor. "Tanto é que os próprios blocos se anteciparam e optaram pelo cancelamento", diz a gestão de Ricardo Nunes (MDB).
Além disso, diz o poder público, não há mais tempo hábil para organizar os desfiles na rua, "evento que exige meses de planejamento antecipado".
"A Prefeitura espera que a entidades que representam os blocos de carnaval de rua respeitem as decisões anteriores e, assim, evitem eventos sem o aval e a organização por parte do poder público para não colocar as pessoas em risco absolutamente desnecessário", completa a nota.
Por outro lado, coletivos afirmam que, durante os piores períodos da pandemia, respeitaram as orientações sanitárias e ficaram em casa. "Nos dias atuais, o cenário sanitário parece promissor e estável", diz a carta, que aponta que festivais, campeonatos esportivos, eventos religiosos e de negócios estão acontecendo normalmente.
O manifesto diz ainda que "o sambódromo já está com a festa marcada e não há justificativa para proibir o Carnaval de rua livre, diverso e democrático, nesse abril de 2022." Os coletivos dizem ainda que contam com a lei a seu favor, uma vez que "a garantia da manifestação livre é um direito constitucional."
"A situação passou todos os limites da hipocrisia, está tudo liberado, mas não se fala em Carnaval de rua, a prefeitura não fez o menor esforço de dialogar com os blocos", diz Lira Ali, integrante do Coletivo do Arrastão dos Blocos.
De acordo com Ali, mais de cem blocos estão dispostos a tomar as ruas da cidade. "Temos conversado sobre como iríamos sair. No geral, temos pensado em formatos menores, com menor divulgação e com a colaboração entre os blocos." Ela afirma ainda que os coletivos têm diálogo junto a organizações de catadores dos territórios onde os blocos desfilariam.
"Se eles conseguirem pegar as latinhas, a gente reduz a problemática do lixo e vamos nos organizar como sempre fizemos", diz ela que critica a organização da prefeitura de São Paulo sobre a festa de rua mesmo em momentos pré-pandêmicos: "A cada ano que passa tem mais regra e mais coerção, sendo que a essência do Carnaval é a liberdade."
Ali afirma ainda que apesar da imensa vontade de sair nas ruas, muitos ainda estão em fase de discussão para entender se devem ou não sair nas ruas. "Mesmo quem não vai sair defende que todos devem ter direito de sair", diz ela.
Além de integrante do Coletivo do Arrastão dos Blocos, Ali também participa do bloco Vai Quem Quer, que ainda deve definir se vai sair ou não. "Todo mundo tá louco para sair, o Carnaval é a nossa religião e a gente não saiu nos dois últimos carnavais."
Os desfiles das escolas não ocorreram em 2021 e também não aconteceram na data original, em fevereiro de 2022, em decorrência da variante ômicron, que superlotou a rede pública de saúde no fim do ano passado e no início deste, com altas taxas de transmissão do vírus da Covid-19. Por isso, foi adiado para o feriado de abril.
Durante o feriado de fevereiro, em São Paulo, festas privadas aconteceram normalmente em diferentes pontos com ingressos que custaram até R$ 1.500. Na capital paulista, blocos improvisados ocorreram de forma tímida nas ruas, diferente do Rio de Janeiro, onde foliões lotaram as ruas do centro da capital fluminense.
Historiador e pesquisador da cultura popular brasileira, Bruno Baronetti analisa que a festa mais popular do país é o momento em que a população pode sair às ruas.
Baronetti compara que eventos privados já estão acontecendo e foi anunciado a retirada de máscara, "mas quando a gente fala de samba e festividade da população pobre e negra vem a discussão que foi o Carnaval que trouxe a Covid para o Brasil."
Para ele, a pandemia serviu para evidenciar um preconceito antigo em relação ao feriado do Carnaval. "O povo na rua nunca agradou os donos do poder. Sabemos que sátiras vão acontecer, assim como críticas, e isso incomoda tanto as autoridades quanto a classe média que não quer ver festa na porta de sua casa", diz ele.
O historiador lembra ainda que a rua é, tradicionalmente, vista pela sociedade como o "lugar de circulação de atividades produtivas. Quando se está fazendo uma atividade lúdica na rua, sempre vai ter esse ruído."
"Ocupar o espaço público é um ato de resistência política hoje em dia", diz ele. "Vamos continuar nessa luta. Há uma mensagem política que defendemos que qualquer pessoa que queira se manifestar pode fazer isso com segurança porque vivemos num país democrático."
Por: Carolina Moraes
Um veículo da produção da ArtSampa, nova feira de arte de São Paulo que começa nessa quarta (16) na Oca, no parque Ibirapuera, passou por cima de uma escultura do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM.
A obra, de 1990, foi feita pelo artista Carlos Fajardo e fica no Jardim de Esculturas, numa área no parque que é comandada pela instituição cultural.
Parte das 30 esculturas que estão nessa área, que se estende da frente do MAM até a marquise, está dentro da própria estrutura da feira. A obra de Fajardo, no entanto, estava numa área de manobra da produção.
Segundo a própria ArtSampa, o museu não enviou o mapa completo das esculturas, e por isso a obra, que fica no chão, acabou sendo danificada. Caso soubessem, afirmam, eles teriam feito uma sinalização para produção.
Depois do acidente, que aconteceu nesta madrugada, eles cercaram o trabalho para isolá-lo com fitas.
A feira também afirma que vai arcar com o restauro do trabalho a partir da avaliação do restaurador do museu.
O MAM de São Paulo, aliás, é um dos participantes da nova feira. O estande do museu é voltado à produção da nova edição de seu Clube de Colecionadores, com obras dos artistas Alex Flemming, Gabriela Albergaria e Xadalu Tupã Jekupé, e trabalhos de edições anteriores.
A ArtSampa é comandada por Brenda Valansi, fundadora da ArtRio. "Vir para São Paulo sempre esteve no nosso planejamento. Uma empresa carioca vir para cá é uma expansão importante", disse ela a esta repórter em entrevista sobre os preparativos da feira.
Isso porque, segundo Valansi, chegar à capital paulista amplia a divulgação da marca para atingir novos públicos e é também um chamariz para patrocinadores, que contam com duas praças.
Com estandes de até 60 metros quadrados, a feira apresentará, por exemplo, obras para o centenário de Nelson Leirner, trabalhos digitais vendidos com NFT e uma curadoria especializada em videoarte.
"Quis trazer espaços em que o público possa entender o trabalho do artista, ou por que aquele determinado nome está sendo homenageado, para que a feira, de alguma maneira, passasse mais conteúdo às pessoas", disse ainda Valansi.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo afirmou neste domingo (13) já ter vacinado 100% da população da cidade entre 12 e 17 anos com duas doses contra Covid. Segundo a pasta, 844.119 adolescentes estão com o esquema vacinal completo na capital paulista.
O número corresponde ao total projetado pela administração municipal para esse grupo de moradores, com base em projeção populacional da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
A secretaria diz que foram aplicadas 970.868 doses nesse público-alvo, o que totaliza 115% da cobertura vacinal esperada. Já em relação à segunda dose, foram 844.119 aplicadas.
"A adesão total dos adolescentes paulistanos, além de proteger efetivamente cada indivíduo, foi também um importante fator de segurança à saúde da comunidade escolar, diminuindo efetivamente a disseminação do vírus, contribuindo de maneira decisiva para o controle da pandemia na cidade", disse Luiz Artur Vieira Caldeira, coordenador da vigilância em saúde da capital, na nota oficial da prefeitura.
A vacinação dos adolescentes na capital paulista começou em 18 de agosto de 2021 para grupos prioritários e depois foi aplicada para todos dessa faixa etária.
No total, segundo as informações da prefeitura, mais de 28 milhões de doses foram aplicadas na cidade.
O governo do estado de São Paulo anunciou hoje um projeto de construção de uma ciclovia de longa distância na Rodovia dos Bandeirantes, que deve ligar São Paulo a Itupeva. Ao todo a Ciclovia dos Bandeirantes terá aproximadamente 57 quilômetros de extensão e ficará entre os quilômetros 13 e 71, em trechos do canteiro central e do gramado lateral.
Além da ciclovia, o projeto ainda prevê elementos de segurança, acesso controlado de entrada e saída, sete pontos de apoio, barreiras rígidas e novas sinalizações. O governo ainda informou que haverá a instalação de seis passarelas para os ciclistas atravessarem a rodovia.
O valor estimado do projeto é de R$ 219 milhões e a execução das obras ficará a cargo da concessionária CCR AutoBan.
"São Paulo vai ganhar a maior e mais completa ciclovia do Brasil, com a geração de mil empregos diretos durante a sua implantação. Uma grande opção para o esporte, para o lazer e para a mobilidade", afirmou o governador João Dória (PSDB-SP).
Em fevereiro deste ano, dois ciclistas foram atropelados no km 15 da Rodovia dos Bandeirantes, após um motorista, que estava embriagado, perder o controle do carro. Um deles morreu no local, o outro foi socorrido em estado grave.
Também no mês passado, o jovem Victor Hugo Ribeiro Gonçalves, 22, morreu ao ser atropelado enquanto pedalava na rodovia Índio Tibiriçá, em São Bernardo do Campo e Claudemir Kauã dos Santos Queiroz, 17, perdeu a vida ao ser atropelado na avenida Corifeu de Azevedo Marques, no Butantã, zona oeste da capital.
Em 2021, o caso de Marina Harkot, 28, ganhou notoriedade e gerou protestos na cidade. A cicloativista morreu após ser atropelada enquanto andava de bicicleta em uma via do bairro de Pinheiros. O motorista fugiu sem prestar socorro.
Por: Carlo Petrocilo
A partir desta quarta (9), o uso de máscara não será mais obrigatório em espaços abertos no estado de São Paulo, inclusive nas escolas da rede pública e privada. A medida foi anunciada pelo governador João Doria (PSDB) em entrevista coletiva nesta quarta-feira (9).
O uso continuará sendo exigido em ambientes fechados como transporte público, estações de metrô e trem, por exemplo. A liberação total do uso de máscara, inclusive nesses ambientes fechados, poderá ocorrer até o final de março, segundo o governador.
Nas escolas, o uso de máscara só poderá ser desobrigado em ambientes abertos como quadras esportivas e o pátio. O item deve ser utilizado nas salas de aulas, por exemplo.
A Folha de S.Paulo havia publicado na última sexta (4) que Doria optaria pela flexibilização em ambientes abertos, como ruas, praças, parques e estabelecimentos comerciais. Ao mesmo tempo, deveria manter a obrigação do equipamento em ambientes fechados como forma de prevenção ao coronavírus.
Outra medida, anunciada pelo governador nesta quarta, é a volta da capacidade total de público nas praças esportivas -o torcedor deve apresentar o comprovante de vacina. Até então, os estádios de futebol poderiam receber até 70% da sua capacidade de público.
A presença da torcida nos estádios chegou a ser proibida no início da pandemia, em março de 2020.
O uso de máscara é obrigatório desde maio de 2020 como forma de combate e prevenção ao coronavírus, sob pena de multa e inclusive prisão.
"É um novo momento na vida e no trabalho. Depois de dois anos e dois meses de pandemia e de perdas, nós podemos tomar uma medida com esta importância e dimensão", disse Doria, que durante o anúncio chegou a retirar a sua máscara no jardim do Palácio dos Bandeirantes.
A mudança é impulsionada por dois indicadores, o de queda de casos de infecção e óbitos e os dados de avanço da campanha de imunização.
Esta última será uma cartada de Doria, que é o pré-candidato do PSDB à eleição presidencial em outubro deste ano. Desde o começo da semana, os assessores do tucano têm se empenhado em fazer vídeos sobre o fim da necessidade de vestir máscara.
De acordo com Vacinômetro do governo, atualizados às 11h50 desta sexta, indicavam que 89,26% de toda a população acima de cinco anos está com o esquema vacinal completo.
"A decisão de hoje [quarta-feira] se deve fundamentalmente ao avanço da vacinação. São Paulo é o estado que mais vacina no Brasil. A decisão está respaldada na ciência, na saúde e no respeito pela vida", afirmou Doria.
O ritmo da campanha de imunização entre crianças e adolescentes tem sido uma preocupação de Doria, que pelo menos desde fevereiro telefonado para os prefeitos e cobrado publicamente um avanço, como fez ao prefeito de Lorena, Sylvinho Ballerini (PSDB), no último dia 25 durante a inauguração de uma unidade do Poupatempo.
Na ocasião, Lorena (a 190 km da capital paulista) aplicou apenas 41% das doses recebidas para a população infantil, na ocasião.
Já o município de São Paulo informa em seu último boletim diário da Covid-19, publicado nesta terça (8), que 80,21% da população entre 5 a 11 anos recebeu a primeira dose da vacina, e 24,70% foram imunizados com a segunda dose. O total deste público é de 1.083.159 crianças de 5 a 11 anos, segundo a Prefeitura de São Paulo.
A expectativa do governo é que, nas próximas duas semanas, se reúna novamente com o comitê para adotar o fim da obrigatoriedade em definitivo do uso de máscara.
"Com a continuidade das melhorias dos nossos indicadores podemos ampliar a flexibilização nos ambientes fechados", disse João Gabbardo, coordenador-executivo do comitê científico.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), confirmou à Folha que, com o aval do estado, deverá liberar o uso de máscara nos ambientes abertos das escolas.
Entusiasta da flexibilização, Nunes enviou um Nunes (MDB), enviou na segunda (7) para Doria um relatório da Secretaria Municipal da Saúde no qual orienta que já é possível liberar o uso de máscaras em ambientes abertos na capital. O documento defende a manutenção do uso das proteções em locais fechados.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), liberou nesta quarta-feira (9) o retorno de 100% da torcida em estádios durante jogos de futebol no estado.
"A partir de hoje estão liberados todos os jogos de futebol com 100% de ocupação nos estádios em São Paulo. Isso se aplicas às demais atividades esportivas praticadas ao ar livre. A partir de hoje, 100% de ocupação e não há mais a necessidade de utilização de máscaras", afirmou nesta quarta em entrevista coletiva.
A última determinação de Doria tinha acontecido em janeiro deste ano, quando ele limitou para 70% a ocupação do público, e foi a regra utilizada no Campeonato Paulista desde então.
Além disso, o governador anunciou que liberou o uso de máscaras em áreas livres em todo o estado de São Paulo, como em "ruas, praças, parques, pátios de escolas, estádios de futebol, centros abertos de eventos, autódromos e outras áreas correlatas".
"Amparado pelo Comitê Cientifico do Estado de São Paulo, vamos assinar agora o decreto que libera o uso de máscaras em áreas livres em todo o estado de São Paulo a partir de hoje. O decreto libera o uso de máscaras pela população em ambientes abertos em todo o estado de São Paulo. Isso se aplica a ruas, praças, parques, pátios de escolas, estádios de futebol, centros abertos de eventos, autódromos e outras áreas correlatas em todo o estado de São Paulo", disse Dória.
"O uso de máscara será obrigatório ainda apenas em ambientes fechados como salas de aula, transportes públicos, escritórios, cinemas e teatros", acrescentou.
Por: Leonardo Martins
O governo de São Paulo decidiu liberar o uso de máscaras de proteção em ambientes abertos no estado, mas ainda estuda se esse aval valerá ou não para áreas livres de escolas neste momento, segundo apurou a reportagem.
A obrigatoriedade das máscaras deve continuar valendo em ambientes fechados.
A liberação e a decisão final sobre as escolas devem ser anunciadas amanhã (9) pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. Na semana passada, Doria disse que havia "boa expectativa" pela liberação ao ar livre.
A preocupação da gestão em relação às escolas é que os índices de vacinação nas crianças não estão adequados para a flexibilização. A plataforma VacinaJá, do governo paulista, aponta que 70,3% das crianças receberam uma dose, quando o patamar ideal seria de 80%. As crianças vacinadas com duas doses correspondem a 19,2% do total.
A melhora nos índices de novos casos, internações e óbitos pela Covid-19 e o avanço na aplicação da dose de reforço no estado abriram espaço para que a liberação das máscaras voltasse a ser discutida pelo Comitê Científico, que assessora Doria na condução da pandemia.
Mesmo a liberação em espaço aberto foi adotada com cautela após o surto de casos da variante ômicron em janeiro deste ano.
Foi a variante que mudou os planos do governador e fez com que ele recuasse quando anunciou uma liberação do uso de máscaras em ambientes abertos pela primeira vez, em novembro do ano passado.
Um recente estudo da prefeitura de São Paulo defendeu o fim da obrigatoriedade de uso de máscaras em ambientes abertos, como ruas e parques. Mas entende que, em locais fechados, como no transporte público, a máscara deve continuar sendo usada.
Para o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e presidente da SBMT (Sociedade Brasileira de Medicina Tropical), os indicadores da pandemia em São Paulo permitem que a flexibilização das máscaras aconteça, com monitoramento dos números da pandemia.
"São Paulo está em um processo de liberar essas medidas de forma gradativa porque é possível liberar e acompanhar o impacto daqui a duas semanas. Se houver um aumento de casos e internações, é importante retroagir e impor medidas preventivas individuais e coletivas. Mas, do ponto de vista de São Paulo, estão sendo bastante prudentes", opina o pesquisador.
Dentro das escolas, Croda diz que os indicadores de transmissão e vacinação devem ser analisados.
"É preciso aumentar a cobertura das vacinas neste público para não ter impacto de hospitalização e óbito no público pediátrico. Nas escolas, a liberação talvez só no momento em que o vírus tiver mais endemicidade e cobertura vacinal", explica o médico, que vê o indicador de 80% das crianças com primeira dose como o ideal.
O infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), pede mais cautela. "A liberação não deve ser norteada pela vacinação, mas pela taxa de transmissão. Estamos em queda, mas com números altos. Nas próximas semanas, poderíamos conversar sobre liberação de máscaras, mas, hoje, não entendo que seria o momento".
O Brasil registrou ontem 211 mortes pela Covid, com média móvel abaixo de 500 pelo quinto dia consecutivo, segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa. São Paulo está em tendência de queda na média de mortes, com -56%.
Segundo dados do governo de São Paulo, a ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no estado está em 38,5%, enquanto de enfermarias está em 28,8%.
Os dados do VacinaJá, do governo paulista, apontam que 83,3% da população está completamente vacinada com duas doses. A dose de reforço foi aplicada em 21 milhões de pessoas.
LIBERAÇÃO EM CAPITAIS
Em Macapá e Belo Horizonte, as máscaras deixaram de ser obrigatórias em ambientes abertos. No Rio de Janeiro, a prefeitura foi além e liberou o uso também em lugares fechados.
A obrigatoriedade do item de proteção ao ar livre já havia sido encerrada em outubro passado. Com isso, estabelecimentos públicos e privados deixam de ser obrigados a exigir o uso de máscaras em suas instalações no Rio.
Na capital do Amapá, a decisão já está valendo e combina outras flexibilizações, como liberação de capacidade total em eventos. Por lá, a medida vale até 21 de março. Segundo a prefeitura, o número de casos segue estável e a vacinação continua avançando.
Em BH, a medida passou a valer na última sexta-feira (4). A prefeitura argumenta que evidências científicas demonstram que há menor probabilidade de transmissão em espaços abertos.
A Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) retomou nesta quarta (10) a venda dos ingressos para o desfile de carnaval previsto para os dias 16, 21, 22, 23 e 29 de abril de 2022, no sambódromo do Anhembi.
Em janeiro, com a explosão dos casos de Covid em virtude da variante ômicron, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), decidiu adiar os desfiles das escolas de samba para o fim de semana do feriado de Tiradentes, em 21 de abril. As informações da Agência Brasil.
Os ingressos que foram adquiridos antes da mudança de data passam a valer automaticamente para abril, não sendo necessário trocar o ticket, basta apresentar nas catracas.
No dia 16 de abril, será o desfile do grupo de Acesso 2, a partir das 20h. No dia 21 desfilam as escolas de samba do grupo de Acesso, às 20h.
Nos dias 22 e 23, será a vez das 14 agremiações do Grupo Especial. No dia 29, na sexta-feira seguinte, será o Desfile das Campeãs, que fecha o Carnaval SP 2022.
Os ingressos podem ser adquiridos pela internet, por meio do site Clube do Ingresso, ou na bilheteria física montada no Carioca Club, em Pinheiros, de segunda a sábado, das 13h às 17h, próximo ao Metrô Faria Lima. Estão disponíveis apenas os assentos da arquibancada. Nos próximos dias, cadeiras e mesas de pista do setor B e camarotes da Liga-SP devem ser liberados para a compra.
Os valores das entradas para a arquibancada variam de acordo com os dias de desfile e com os setores. No dia 16 de abril, quando passam pela avenida as escolas do Acesso 2, o valor é R$ 10. No dia 21, o valor é R$ 50. Já nos dias do grupo Especial, os ingressos custam entre R$ 90 e R$ 190. Para o dia das campeãs, a variação é de R$ 70 a R$ 90.
A programação completa pode ser conferida no site da Liga-SP (https://ligasp.com.br/).
Por: Alfredo Henrique
A Prefeitura de São Paulo estuda em reduzir ainda mais o limite de ocupação em casas noturnas durante o período do Carnaval, por causa do aumento de infecções pela variante ômicron do coronavírus.
A alta de casos de Covid já fez com que os desfiles no sambódromo fossem adiados e os eventos com blocos de rua, cancelados.
"Estamos preocupados com as festas de Carnaval fechadas, algumas delas sem nenhum cuidado sanitário. Vamos estabelecer condições mais rígidas para que elas possam acontecer", afirmou à Folha de S.Paulo, na manhã desta quinta-feira (27), o secretário municipal da Saúde Edson Aparecido.
Ele ressaltou que, atualmente, o limite de público em eventos fechados é de 70% da capacidade total. Outras exigências em vigor incluem uso obrigatório de máscara, distanciamento entre participantes e disponibilização de álcool em gel.
"O único ponto nisso em que podemos avançar é em reduzir ainda mais o número de frequentadores", explicou o secretário.
Alguns blocos de rua já realizaram festas particulares em São Paulo, como o Agrada Gregos. Foram três dias de celebração, entre domingo (23) e a madrugada de quarta-feira (26), com 50 atrações na zona norte paulistana.
O evento foi autuado pela Vigilância Sanitária estadual, por ser frequentado por pessoas sem máscara. A organização da festa confirmou a multa, cujo valor não foi informado, acrescentando que seu departamento jurídico estuda se irá recorrer da decisão. O bloco afirmou na ocasião seguir "todas as medidas de proteção" contra a Covid-19.
O titular da Saúde municipal acrescentou que pretende realizar blitz em festas de Carnaval com ajuda do governo estadual, para o qual afirmou já ter pedido apoio. "A Prefeitura tem limites, não temos poder de polícia", justificou.
Apesar de alguns organizadores manterem a programação de eventos para o Carnaval, outros decidiram cancelar temporariamente as festas.
Entre eles, estão os responsáveis pelo Studio SP, que tomaram a medida após reportagem da Folha destacar dez baladas, com nove blocos de rua famosos, que seriam realizadas no espaço, na região central de São Paulo, em meio ao avanço da variante ômicron.
"Neste momento de enorme dificuldade, de pressão da pandemia, dificuldades no sistema de saúde, fazer este tipo de festa, onde as pessoas se contaminam, levam a doença para dentro de casa, contaminam parentes, é realmente uma irresponsabilidade dos promotores das festas", afirmou Aparecido.
O secretário disse ainda que os dados sobre infecção da Covid-19 serão monitorados até meados de fevereiro, pois as festas particulares podem contribuir para o aumento de internações.
"A gente imaginava que poderia ter um processo de estabilidade dos números, em meados de fevereiro, mas as festas podem impedir que isso aconteça", pontuou.
Até esta quarta-feira, 69% dos leitos de UTI e 66% dos de enfermaria da rede municipal de Saúde estavam ocupados por pessoas infectadas com o coronavírus, segundo boletim da prefeitura.
Em 1º de janeiro, eram respectivamente 16% e 21%. Considerando os números absolutos, houve aumento de 268 para 556 internados por Covid-19 em UTIs, representando alta de 107% no período, e de 289 para 685 em leitos de enfermaria, aumento de 137%.
Caso o número de infectados cresça ainda mais, por causa das festas de Carnaval particulares, Aparecido afirmou que a prefeitura está preparada para ampliar seu número de leitos.
Maior taxa de transmissão A variante ômicron contribuiu para que a taxa de transmissão da Covid-19 atingisse seu maior índice no Brasil, de acordo com a plataforma Info Tracker, criada por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista).
De acordo com dados da plataforma, calculados desde setembro de 2020, o Rt (ritmo de contágio) do coronavírus atingiu 1,9 nesta quarta-feira (26). Ou seja, 100 pessoas infectadas podem transmitir a doença para outras 190.
O Rt mais alto identificado anteriormente pela plataforma foi de 1,29, em 21 de janeiro do ano passado.
Por: Laura Lewer
À tarde, aulas, treinos e voltas descompromissadas de pessoas de todas as idades nas pistas de skate. À noite, tudo isso somado a um barzinho com cerveja e drinques gelados, quitutes e, para completar, música ao vivo tocada por bandas ou DJs.
Esse é o cenário de ao menos três casas paulistanas. Em comum, além da união entre a gastronomia e o esporte, está um começo despretensioso que virou coisa séria -um pouco como a própria história do skate, que, após décadas de existência nas ruas, finalmente chegou às Olimpíadas em 2021.
Primeiro veio a Bowlhouse, na Vila Mariana, que completa uma década neste ano. A casa servia como sede de uma revista de surfe e, com o fim do negócio, acabou ficando com um dos antigos sócios, que logo construiu um "bowl" -pista de skate cujo formato lembra uma tigela- e tratou de rechear uma geladeira com cervejas.
Na época, a intenção já era comercial, mas modesta. O espaço, no entanto, começou a crescer com o aumento do público, que ocupava a pista e comparecia às festas, e os donos do negócio acabaram montando um bar de verdade e reformando a estrutura dedicada à prática do esporte. Atualmente, a casa recebe pessoas de 3 a mais de 60 anos nas aulas de skate, além de servir hambúrgueres e drinques.
Um pouco distante dali, no Butantã, nasceu em 2014 outro espaço que inicialmente seria dedicado aos rolês do skatista Leandro Miranda e de seus amigos, mas virou assunto olímpico e point gastronômico.
As pistas do Cavepool Skatepark foram o local de treinamento do primeiro brasileiro a se classificar na modalidade skate park em Tóquio, Luiz Francisco, o Luizinho, que há alguns anos acabou se mudando para São Paulo junto com a seu irmão, justamente para serem treinados por Miranda. Depois vieram outros meninos e, com o tempo, o espaço se tornou um "movimento cultural", como classifica o dono da casa, que hoje assiste 18 skatistas, entre 10 e 23 anos.
"Começou com o Luizinho e o irmão dele, mas depois outros meninos vieram treinar. Hoje a gente já tem um alojamento atrás da Cave, onde eles dormem, comem. A pista é o quintal deles", explica o dono.
O projeto ainda tem aulas como as de skate e grafite, além de oficinas de música e discotecagem no estúdio criado dentro da casa -uma forma de incorporar os skatistas em outras atividades que fazem parte do mesmo universo e de trazer mais pessoas para a iniciativa. O funcionamento do bar e alguns patrocínios seguram financeiramente a iniciativa, mas Miranda ainda pretende fechar mais parcerias para deixar o negócio sustentável.
No bar da Cavepool, com vista para a grande pista, são servidos os sanduíches criados no começo da empreitada, em uma pequena churrasqueira, além de poke e cervejas. Artistas e DJs tocam regularmente enquanto skatistas deslizam para lá e para cá. Já se apresentaram no local nomes como Black Alien, Planta e Raiz, Negra Li e Edi Rock, por exemplo.
Também na zona oeste, desta vez em Pinheiros, a LayBack Park desembarcou na capital paulista em 2019, um ano após ser criada em Florianópolis. Em Santa Catarina, a marca começou apenas como o nome de uma cerveja artesanal criada pelo skatista Pedro Barros e seu pai, André -parte do lucro das vendas era usado para construir pistas pelo Brasil.
Por aqui, o espaço seguiu a fórmula que hoje já existe em 16 unidades no país. Há um pátio gastronômico onde se vende hambúrgueres, poke, comida mexicana, hot dog e açaí, além de cervejas e drinques caprichados. Uma loja de skate e um estúdio de tatuagem completam o complexo, que também sedia apresentações musicais e competições nacionais.
"O skate está numa crescente de novo, principalmente por causa das Olimpíadas, então muitos pais que são skatistas vêm com os filhos, vão tomar um chope, enquanto eles fazem aula, comem alguma coisa. A nossa ideia é ser um local plural, aberto, que não recebe só skatistas, mas também famílias completas", diz Celso Feijó, diretor de marketing da marca.
Bowlhouse
R. Morgado de Mateus, 652, Vila Mariana, tel.: (11) 99980-6996. Informações e agendamentos p/ Instagram: @bowlhousesk8
Cavepool Skateboards
Av. Eliseu de Almeida, 984, Butantã. Informações e agendamentos p/ Instagram: @cavepool
LayBack Park
R. Padre Carvalho, 696, Pinheiros. Informações e agendamentos p/ Instagram: @bpark_sp
Por: Marina Consiglio
Para comemorar o aniversário de 468 anos de São Paulo, celebrados nesta terça (25), o Google revelou quais foram os museus da capital mais pesquisados pelos paulistanos nos últimos dois anos.
Não é difícil imaginar que o clássico Masp foi o mais procurado -o prédio de Lina Bo Bardi se tornou símbolo da capital paulista e ponto de encontro de moradores e turistas.
O Museu da Imagem e do Som, que se notabilizou por exposições populares e filas quilométricas nos últimos anos, também surge no ranking. Mas há surpresas na lista -caso do Catavento, um dos passeios mais interessantes para fazer com crianças em São Paulo.
Conheça a seguir os cinco mais pesquisados.
1. Masp
Em primeiro lugar, está o museu mais famoso da cidade: o Masp, na avenida Paulista. Entre as exposições em cartaz na instituição, estão "A Cidade Inventada", de Ione Saldanha. Até o dia 30 deste mês, também é possível ver "Desejo Imaginante", com obras de Maria Martins, e "Tudo É da Natureza do Mundo", de Conceição dos Bugres.
Av. Paulista, 1.578, Bela Vista. masp.org.br
2. Pinacoteca
Depois, aparece a Pinacoteca do Estado, na região da Luz. Para celebrar os cem anos da Semana de Arte Moderna, a instituição destacou 134 obras de artistas ligados ao movimento, incluindo uma que estava presente na exposição histórica do movimento modernista, no Teatro Municipal, "Amigos", de Di Cavalcanti. A obra está na sala 16 do local.
3. MIS
Em seguida, está o Museu da Imagem e do Som, o MIS, na região dos Jardins. Até o dia 20 de fevereiro, quem visitar o local pode conferir uma mostra sobre Rita Lee, com com fotos, figurinos e instalações que rememoram as muitas fases da cantora.
Av. Europa, 158, Jardim Europa. mis-sp.org.br
4. Catavento
O Museu Catavento consta em quarto lugar nas buscas. O espaço cultural é conhecido por suas instalações interativas e educativas sobre ciência, que atraem principalmente as crianças. O espaço está localizado no Palácio das Indústrias, prédio histórico projetado pelo escritório de Ramos de Azevedo -o famoso arquiteto responsável por prédios conhecidos da cidade, como o Theatro Municipal.
Av. Mercúrio, s/nº, Parque Dom Pedro 2º. cataventocultural.org.br
5. Museu Paulista
Em quinto lugar aparece o Museu Paulista, também conhecido popularmente como Museu do Ipiranga. Fechado para reformas desde 2013, o espaço se prepara para voltar a receber o público neste ano, no bicentenário da Independência do Brasil, em setembro.
Parque da Independência, Ipiranga. Previsão de reabertura: setembro. mp.usp.br
Praça da Luz, 2, Luz. pinacoteca.org.br
Por: Mônica Bergamo
O Carnaval no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, deverá ser realizado neste ano com 70% do público comportado em suas arquibancadas e também nos camarotes, diante da apreensão com o alastramento da Covid-19.
A medida foi discutida nesta segunda-feira (17) durante reunião entre a prefeitura e a Liga Independente das Escolas de Samba e deve integrar o relatório final de protocolos para o evento. A previsão é que o documento fique pronto entre quarta (19) e quinta-feira (20).
As autoridades sanitárias da capital paulista não trabalham com a hipótese de cancelamento do evento -como ocorreu com o Carnaval de rua- e se dizem preocupadas em garantir a realização do espetáculo com segurança em meio à alta de casos de Covid-19.
"A Liga gostou de todas as recomendações que a Vigilância [Sanitária] passou, e a Vigilância gostou das sugestões da Liga, na íntegra", afirma o chefe de gabinete da SPTuris e presidente da comissão de Carnaval da prefeitura, Gustavo Pires.
O percentual de 70% de ocupação é o mesmo adotado para estádios que recebem partidas do Campeonato Paulista, conforme determinação do governo estadual anunciada na semana passada.
Na mesma linha, a gestão do governador João Doria (PSDB) recomendou a municípios a redução em 30% do público em eventos com aglomeração.
Como antecipado pela coluna na semana passada, o protocolo final do Carnaval no sambódromo paulistano deve incluir o uso de máscara na avenida e a diminuição de 2.000 para 1.500 foliões por escola.
Também haverá a exigência de comprovante vacinal e a exclusão do quesito harmonia na apuração -já que, com a boca dos integrantes encoberta, seria impossível avaliar o canto.
Mesmo com 68% da população brasileira com o primeiro ciclo vacinal contra a Covid-19 completo, a chegada da variante ômicron acabou com a esperança de que 2022 tivesse Carnaval de rua.
Em São Paulo, a realização dos blocos de rua foi cancelada pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) neste mês, assim como aconteceu em outras cidades. Cerca de 680 blocos chegaram a se inscrever para a folia paulistana.
Por: Fábio Pescarini
A Prefeitura de São Paulo decidiu cancelar o Carnaval de rua deste ano. A medida se deve ao aumento de casos de coronavírus causados pela variante ômicron e à epidemia de influenza.
A gestão Ricardo Nunes (MDB) também desistiu de fazer o evento no autódromo de Interlagos ou em qualquer lugar fechado, como havia sido aventado, após recomendação da Vigilância Sanitária em reunião no gabinete do prefeito na manhã desta quinta-feira (6).
No início de dezembro, a vigilância já havia aconselhado Nunes a não realizar a festa de Réveillon na avenida Paulista, e o evento acabou cancelado.
O cancelamento do Carnaval de rua já foi decidido em outras cidades como Rio de Janeiro, Olinda e Salvador. A lista de municípios que tiraram a folia da agenda chega a pelo menos 58 no interior paulista, litoral e Grande São Paulo.
Como no Rio, o desfile das escolas de samba está mantido, mas a Secretaria da Saúde recomendou protocolos mais rígidos para os desfiles no Sambódromo do Anhembi.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a prefeitura vai discutir com a Liga-SP (a liga as escolas de samba) quais serão os novos procedimentos. A pasta quer evitar, por exemplo, aglomeração na concentração antes dos desfiles. Haverá novos protocolos, inclusive, para os ensaios, que já são realizados desde setembro do ano passado.
Ele citou a Corrida de São Silvestre, dizendo que todos os corredores usavam máscara na largada e tiveram de apresentar passaporte de vacina com duas doses para participar.
Eventos relacionados ao Carnaval, como bailes, terão de exigir comprovante de vacinação, independentemente do número de pessoas, segundo a secretaria.
Coordenador da Vigilância Sanitária da capital paulista, Luiz Antonio Vieira Caldeira apresentou nesta quinta números que mostram a alta de internações de pessoas com sintomas de síndrome gripal, incluindo Covid-19 e Influenza.
Segundo ele, a análise, que terminou na noite de quarta-feira, ainda tem cerca de 40% de atraso na notificação dos dados, principalmente por causa do ataque hacker no site do Ministério da Saúde, no mês passado.
Mesmo assim, afirmou, a procura de pacientes com sintomas gripais, incluindo Covid-19 e influenza, na rede municipal de saúde, foi semelhante ao pico da Covid, em março e abril.
Caldeira ressaltou, entretanto, que os casos de Covid são mais leves, apesar da velocidade maior de transmissão da variante ômicron do coronavírus, e que a vacinação evitou mortes, que continuam em queda.
"A velocidade de transmissão da ômicron nos preocupa", disse ele, lembrando que no meio de dezembro passado a nova cepa já era responsável 50% de prevalência dos casos. "O mundo não estava esperando o rebote de Covid. Ela voltou e com força."
Na quarta (5), o secretário da Saúde, Edson Aparecido, afirmou que os primeiros dados analisados pela Covisa mostraram que o grau de disseminação da variante ômicron do novo coronavírus segue um gráfico que aponta para um rápido crescimento de contágio em um curto espaço de tempo.
Nos últimos dez dias, segundo ele, os atendimentos de pacientes suspeitos com Covid-19 cresceram 30% na cidade, apesar de ainda não terem impactado nos hospitais da rede municipal.
Aparecido lembrou que, com uma variante com um grau de transmissibilidade muito acentuado, como a ômicron, a cidade deverá ter meses de janeiro e fevereiro pressionados pelo aumento de Covid-19.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, somente nos quatro primeiros dias de janeiro foram realizados 32.403 atendimentos a pessoas com sintomas respiratórios, sendo 18.267 suspeitos de Covid-19, nas unidades de saúde da capital.
O mais recente sequenciamento genético feito pela secretaria em parceria com o Instituto Butantan apontou que a variante representa 50% de prevalência entre os casos pacientes com o novo coronavírus na cidade.
O percentual de prevalência pode ser ainda maior, já que os números, divulgados nesta terça-feira (4), são referentes à semana dos dias 12 a 18 de dezembro.
A pressão para o cancelamento da folia na capital veio também do governo estadual. Ainda na quarta-feira, o médico João Gabbardo, coordenador do comitê científico que aconselha a gestão João Doria (PSDB) nas decisões para o combate à pandemia, disse que "é impensável manter o Carnaval de rua sem controle de vacinação".
No Carnaval de rua, lembrou, não há como fazer o controle e fica liberada a participação de qualquer pessoa. "Não não tem como acompanhar se [o folião] está vacinado. A aglomeração é imensa", disse.
"A recomendação é evitar que isso [Carnaval] aconteça, porém, a decisão cabe em súmula àqueles que dirigem o comando das prefeituras", afirmou o governador, na mesma entrevista coletiva.
Também na quarta, o Fórum de Blocos de Carnaval de Rua de São Paulo, a União Blocos Carnaval do Estado de São Paulo e a Comissão Feminina de Carnaval de São Paulo cancelaram a participação no Carnaval de rua paulistano.
As entidades também afirmaram que não participariam do evento caso ele fosse realizado em um local com entrada controlada, como o Autódromo de Interlagos.
Os grupos representam 250 blocos que estavam inscritos para a folia -ao todo, a capital recebeu inscrição de cerca de 680 blocos.
Eles alegam insegurança sanitária para participação do evento, falta de consenso entre as três esferas políticas e não inclusão dos blocos e coletivos nas tratativas da organização.
Pouco antes do Natal, grandes blocos, como os das cantoras Daniela Mercury e Glória Groove, já haviam cancelado os desfiles em São Paulo.
Por: Fábio Pescarini
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou nesta quarta-feira (1º) que as cidades devem levar em consideração a confirmação de casos de pacientes com a variante ômicron do novo coronavírus, ao ser questionado se o governo iria recomendar aos municípios cancelamentos das festas de Réveillon.
"Os municípios têm autonomia na realização desses eventos. Mas evidentemente estamos em um momento que merece atenção. Por isso, é preciso uma consideração especialmente para o Réveillon, que está muito próximo", afirmou o titular da pasta do governo João Doria (PSDB), durante entrevista em um evento no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Barradas, em Heliópolis, na zona sul da capital.
"Já o Carnaval é um evento que está a três meses e esse tema deve ser revisitado lá na frente", disse o secretário, que acha que a população paulista terá 90% de vacinados contra Covid-19 até fevereiro do ano que vem.
Mais cedo, o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse que "é cedo para tomar uma decisão dessa natureza" e que a gestão Ricardo Nunes (MDB) deverá aguardar até o próximo domingo (5), quando a Vigilância Sanitária deverá entregar um estudo com indicadores epidemiológicos e assistenciais para dizer se a capital manterá os planos de organizar uma festa de Réveillon na avenida Paulista. "Vamos esperar os estudos para que no início da semana a gente possa dar uma diretriz", afirmou.
Várias capitais cancelaram a comemoração da festa de Ano-Novo, entre as quais estão Salvador, Florianópolis e Belo Horizonte. Gorinchteyn também alertou para os riscos das reuniões familiares de fim de ano, em que as pessoas devem estar mais encorajadas para celebrações que não promoveram em 2020. "E com isso passa a haver um risco muito maior, porque as pessoas vão se aglomerar comemorar, beber, beijar, abraçar, gritar e cantar", disse. "Esse é um cenário de risco que as pessoas precisam lembrar e o uso de máscaras deve ser premente."
Os dois secretários sinalizaram para a manutenção do uso de máscaras em locais abertos por causa da nova variante. Gorinchteyn repetiu o que o governador disse na noite de terça (30), que o governo estadual pediu ao Comitê Científico uma nova avaliação sobre a necessidade do uso de máscaras em ambientes abertos. Na semana passada, o tucano anunciou que elas não seriam mais obrigatórias a partir de 11 de dezembro, caso os índices de casos, internações e mortes por Covid-19 seguissem baixando em SP. Aparecido lembrou que dezembro é um mês atípico, em que o comércio popular da cidade recebe pessoas de todo o Brasil e há maior chance de circulação de vírus.
Outro ponto em comum entre os dois secretários é que eles descartam a ampliação de leitos nas redes hospitalares. Entretanto, ambos já referenciaram três hospitais para
eventuais casos graves de pacientes infectados com a variante ômicron, dois na zona leste, em Guaianazes (estadual) e Tide Setúbal (municipal) e mais um em Guarulhos, na Grande São Paulo, por causa do aeroporto internacional.
Gorinchteyn também lembrou que os casos confirmados no país de pacientes com a variante ômicron são importados. Dois deles são missionários, um homem de 41 anos e uma mulher de 37. Eles desembarcaram em Guarulhos, no último dia 23, vindo da África do Sul. Ambos foram a um laboratório do terminal do aeroporto e testaram positivo para a Covid. O casal está isolado na casa de parentes na capital paulista.
O terceiro caso é um rapaz de 29 anos que testou positivo para Covid após retornar da Etiópia, no fim da semana –ele passou pela África do Sul, onde houve as primeiras confirmações de infecção pela nova cepa. Ele cumpre isolamento em Guarulhos. Os três infectados estão assintomáticos e já haviam sido vacinados contra o novo coronavírus, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.
A existência da nova cepa foi reportada à Organização Mundial da Saúde (OMS) no último dia 24 após o surgimento de casos na África do Sul. Desde então, houve a confirmação de infecções provocadas pela ômicron nos cinco continentes.
"Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada", afirmou a entidade no último dia 29.
No mesmo dia, ministros da Saúde de países do G7 alertaram que a variante requer ação urgente. "A comunidade internacional enfrenta a ameaça de uma nova variante altamente transmissível da Covid-19, que requer ação urgente", disseram os ministros em um comunicado conjunto.