Notícias

Array

Hotelaria

Array

Destinos

Array

6ª Feira Internacional de Negócios do Artesanato acontece até o dia 22 Há no Brasil pelo menos 8,5 milhões de artesãos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sendo que 87% são mulheres. Na 6ª Feira Internacional de Negócios do Artesanato, que começou na última sexta-feira e prossegue até o dia 22, em Brasília, esses números se comprovam na prática. Muitos dos artistas revelam ainda que desenvolveram suas habilidades seguindo a tradição familiar.

No total, 450 expositores nacionais e internacionais estão em Brasília para mostrar a diversidade do que é produzido em artesanato. Os organizadores da feira informaram que o objetivo é também estimular os negócios no setor. Só em 2011, na quinta edição do evento, foram movimentados R$ 147 mil em vendas diretas e R$ 3 milhões em negócios a longo prazo.

Na feira, os artesãos se orgulham da história de vida e da tradição do trabalho que fazem. A presidenta da Associação de Artesãs de Taioberas (em Minas Gerais), Maria Cláudia de Matos, disse que lidar com a cerâmica é tradição na sua região. Segundo ela, Taioberas não pode deixar “perder essa característica”.

A artesã contou que seu esforço é para manter a tradição. “Sou apaixonada pelo artesanato. Fico muito orgulhosa por fazer parte da criação de objetos tão lindos. Minha família é toda ligada ao artesanato: minha mãe era artesã e meu pai carpinteiro. É mágico o que o artesanato traz. [Por meio do artesanato] há melhoria nas condições de vida e há como ocupar a mente”, disse Maria Cláudia.

Também de Minas Gerais, da cidade de Campo Alegre, a artesã Elenice Gomes contou ter sido estimulada pela família a manter a tradição do artesanato. Aos 21 anos, ela disse ter orgulho da profissão. Segundo a artista, desde sua bisavó a tradição está na família.

“Todos nós [da família] aprendemos com os mais velhos e vamos sempre repassando isso para as novas gerações. Eu, com certeza, vou ensinar aos meus filhos. Minha mãe ainda faz as peças em cerâmica, e quando meu pai era vivo, ele preparava a argila e fazia o processo de queima. Desde que nasci, vivo nesse ritmo de artesã”, disse Elenice.

Moradora da cidade de Águas Claras, no Distrito Federal, a ex-professora Ângela de Oliveira Francine Roboredo preside associação  de artesãs local. Ela disse que deixou uma atividade formal de trabalho em troca da informalidade do artesanato.

“Fui professora por 25 anos e larguei as salas de aula para me dedicar ao artesanato. Gosto muito do que faço, e não me arrependo de ter feito essa escolha. Agora, trabalho com o que gosto, [o artesanato] é uma terapia e me traz muita felicidade”, disse Ângela Roboredo.

Agência Brasil