Organizado pelo Sebrae Minas, o Minas Coffee Origins - Summit irá expor as tendências do futuro da cadeia de valor do café no maior evento brasileiro do setor
Uma cadeia produtiva cada vez mais transparente: essa é a tendência que o Minas Coffee Origins – Summit irá debater na Semana Internacional do Café no dia 19 de novembro. O seminário on-line promovido pelo Sebrae Minas é uma das atrações do maior evento do setor cafeeiro do país e tem como objetivo promover o conceito de origem controlada e sua conexão com o futuro do café. “Precisamos discutir em profundidade sobre o que queremos para o futuro do café no Brasil e, principalmente, o que esperam de nós enquanto os maiores produtores do mundo. Sem dúvida, o debate aborda um modelo mais ético e transparente para a cadeia produtiva", explica Priscilla Lins, gerente da Unidade de Agronegócio do Sebrae Minas.
A especialista ressalta que o consumidor está preocupado não só com a qualidade, mas também com a transparência que compõe a produção e, por isso, a clareza nos processos tornou-se imprescindível. “Além de querer um produto com sabor diferenciado, o consumidor quer ter a garantia que a produção do café seguiu de maneira sócio e ambientalmente responsável, fatores que também integram os princípios das origens controladas”, ressalta Lins.
As Origens Controladas são regiões produtoras de cafés, demarcadas, organizadas, protegidas e regulamentadas dentro de um novo olhar, que envolve aspectos como transparência, criação de valor sustentável e impacto coletivo. Diante da necessidade de difundir e simplificar o acesso a esse conceito, o Sebrae criou a plataforma Minas Coffee Origins e leva para a SIC um seminário focado no propósito de divulgar mais essa prática, já que reconhecer e certificar essas regiões confere identidade, visibilidade e agrega valor ao produto gerado nessas localidades.
Atualmente, Minas Gerais, o maior produtor de café do Brasil, possui três regiões demarcadas onde são produzidos cafés de altíssima qualidade, reconhecidos e premiados no mundo todo: Cerrado Mineiro, Matas de Minas e Mantiqueira de Minas, além das regiões em estruturação como a Região Vulcânica e a Chapa de Minas - projetos em parceria com o Sebrae. Cada uma dessas localidades apresenta produtos com pontuação acima de 80 pontos da SCA (Specialty Coffee Association), mas com características específicas em relação a sabor, aroma, corpo, acidez e finalização, ou seja, nuances que levam personalidade para a bebida de cada região, sendo um grande diferencial. “Do produtor ao consumidor, todos os envolvidos na cadeia produtiva do café se beneficiam desse conceito, por isso, consideramos muito importante fomentá-lo durante a SIC”, pontua Lins.
Para Breno Mesquita, vice-presidente do Sistema Faemg, ações como as promovidas pelo Sebrae ajudam a consolidar o Brasil no cenário de melhores cafés do mundo, já que o país tem potencial para atender aos mercados mais exigentes, não só pela qualidade, mas também por todas as outras vertentes exigidas internacionalmente e que passaram a ser uma preocupação dos consumidores nacionais. “Nossos processos de produção são desenvolvidos com base nas mais exigentes regras de sustentabilidade com respeito ao meio ambiente e a mão de obra, fatores que ganharam peso na escolha do consumidor. Além disso, cada grão produzido nesse conceito traz uma história única de manuseio, com um processo rico em detalhes que resulta em um produto totalmente diferenciado por sua experiência”, conclui.