Para comemorar o dia Dia Internacional do Café, em 1º de outubro, conheça um pouco mais sobre a relação de amor entre os neozelandeses e a bebida
Se a Nova Zelândia pudesse ser caracterizada por uma bebida, seria o café. Os neozelandeses são famosos pelo seu amor ao cafezinho e diferentes preparos da bebida, como o flat white, que leva expresso e microespuma de leite - há inclusive um acalorado debate sobre sua origem: surgiu na Austrália ou na Nova Zelândia?
Apesar de não ser produtor de café, o país é um importante mercado consumidor e o Brasil é um dos maiores exportadores dos grãos para a Nova Zelândia. A capital Wellington, com seus cerca de 850 cafés e restaurantes, tem mais cafeterias per capita do que a cosmopolita Nova York, por exemplo. A cidade também abriga cerca de 40 casas de torra, que distribuem os grãos torrados para todo o país. E praticamente todo neozelandês tem em casa uma máquina de fazer café.
A paixão dos kiwis (apelido carinhoso dado a quem nasce na Nova Zelândia) pela bebida é tão grande que, ao contrário do que ocorreu em outros países, as vendas das cafeterias aumentaram durante a pandemia e o período de isolamento, com as pessoas procurando por grãos e equipamentos. No Coffee Supreme , famosa casa de torrefação da Nova Zelândia, por exemplo, as vendas de equipamentos aumentaram 120% durante o lockdown. Sua cafeteria em Wellington, batizada de Customs , também viu as vendas subirem 20% em relação ao período pré-pandemia.
As vendas online apresentaram crescimento expressivo e muitas cafeterias criaram programas de assinatura para que as pessoas pudessem receber em casa sua dose diária de cafeína, como no caso da Boe&Tie, uma micro casa de torrefação que vende e faz entregas de café em um charmoso carrinho-bicicleta. Já no Atomic Coffee , o número total de pedidos viu um aumento de 200% em relação ao ano passado.
Dados do país mostram que mais da metade dos neozelandeses (52%) vai atrás do seu café preferido não importa onde, podendo sair do seu caminho habitual só para garantir uma xícara fresca da bebida. Outro dado interessante vindo de um estudo realizado pela Canstar Blue, empresa de pesquisa de satisfação com consumidores, é o de que, em Wellington, 42% dos moradores diz não conseguir começar o dia sem antes beber café. O ambiente relacionado ao café também atrai seus amantes: ainda na capital, 18% dos ouvidos na pesquisa disseram fechar negócios e realizar reuniões em cafeterias.
A relação dos neozelandeses com o café é tão forte que as cafeterias são importantes pontos de encontro e socialização. A maioria das casas também tem um ambiente amigável para crianças, oferecendo brinquedos, cadeirões e até menu infantil. Assim, é comum ver grupos de mães socializando nas cafeterias enquanto as crianças apreciam um "fluffy", que leva leite, chocolate e marshmallow.