Fabricante neozelandês quer comercializar pelo menos três aeronaves este ano no Brasil; com perfil utilitário e capacidade de pouso e decolagem em pista curta, modelo tem preços a partir de US$ 1,65 milhão
Com a entrada no mercado brasileiro da Pacific Aerospace, fabricante neozelandeza de aeronaves, para a comercialização do P-750 X-Stol, a expectativa é de que seja incrementado o volume de negócios entre os dois países. Hoje, a Nova Zelândia é importante parceiro de negócios nos segmentos de equipamentos especializados, maquinário, lácteos, mel, ovos, produtos comestíveis de origem animal, frutos comestíveis e nozes. E importa açúcar, café e produtos farmacêuticos. Agora, quer incluir também na indústria da aviação no comércio entre os dois países.
“Juntos, a Pacific Aerospace, Aerie Aviação Executiva (representante do fabricante no Brasil) e a New Zealand Trade and Enterprise (NZTE) estão trabalhando para identificar as melhores oportunidades no mercado brasileiro”, disse Ralph Hays, representante do New Zealand Trade Commissioner para o Brasil, baseado em São Paulo.
Segundo ele, as empresas da Nova Zelândia são reconhecidas, mundialmente, por exportar soluções inovadoras e competitivas a diferentes indústrias em todo o mundo. “E a chegada de uma empresa como a Pacific Aerospace ao Brasil, com uma aeronave robusta e de baixo custo operacional, é mais um exemplo do nosso compromisso em ajudar empresários a ter mais produtividade e rentabilidade em seus setores”, disse Hays.
A capacidade de conexão entre centros urbanas e áreas remotas de norte a sul do país é um dos diferenciais do P-750 XSTOL (Extremely Short Take-Off and Landing). Atualmente, a aviação comercial atende aproximadamente 100 cidades em todo país, mas ao todo são mais de 5 mil municípios. Para chegar a estes destinos, é preciso usar os mais de 3 mil aeródromos disponíveis, muitos deles sem asfalto, com pista curta, estreita ou irregular, restringindo o tipo de aeronave a ser usado.
“O P-750 XSTOL é um verdadeiro Utilitário Aéreo, com a versatilidade do sistema de conversão rápida, que alterna da versão de passageiros para carga em poucos minutos, apenas removendo os assentos. É “pau para toda obra”, a trabalho ou lazer, na cidade, praia, fazenda ou campo, e está perfeitamente dimensionado para a realidade brasileira”, destaca o CEO da Pacific Aerospace, Damian Camp.
A Pacific Aerospace tem base em Hamilton na Nova Zelândia, 65 anos de existência e mais de 600 aeronaves produzidas, considerando também os modelos anteriores FU-24 Fletcher e Cresco. Tem forte presença no eixo Asia-Pacífico, Europa e África e, recentemente, deu início a um projeto de expansão global, focando nas Américas, incluindo em um primeiro momento Estados Unidos, Argentina e Brasil.
Em termos técnicos, o P-750 XSTOL em uso privado transporta 8 passageiros e tem uma capacidade de carga de 3,900 lbs ou 1,769 kg, mesmo em dias quentes e altitude. O monomotor turboélice P-750 XSTOL é extremamente robusto e confiável, de fácil operação, manutenção e baixo custo operacional. Produzido pela Pacific Aerospace, usa componentes com suporte global, de empresas consagradas como Pratt & Whitney Canadá, Garmin, Hartzell e Honeywell. O P-750 XSTOL já está homologado no Brasil e conta com Centro de Serviços Autorizado, a Japi Aeronaves, em Jundiaí/SP. O modelo tem preços a partir de US$ 1,65 milhão. Mais informações http://www.aerie.com.br/